O Governo e a Renamo, o principal partido da oposição do país, declararam esta sexta-feira, dia 18 de Julho, em Maputo ter registado "avanços para um "entendimento" que visa acabar com a crise política e militar no país.
"Hoje tivemos a ronda número 64, gostaríamos de dizer que, nesta ronda, tivemos avanços, ainda não conclusivos, mas tivemos avanços. Esperamos que nas próximas rondas possamos concluir aquilo que é fundamental para podermos trazer a tranquilidade ao nosso povo e a todos nós", disse à comunicação social o chefe da delegação da Renamo nas negociações com o Governo, Saimone Macuiane.
Macuiane escusou-se a especificar o conteúdo dos progressos verificados nas negociações, remetendo essa informação para as próximas rondas negociais, mas avançou que o impulso registado no diálogo com o Governo vai permitir a harmonização dos aspetos na origem do impasse que prevalecia.
"Os avanços têm em vista a harmonização dos aspectos essenciais de modo a que, de uma vez para sempre, o nosso país volte à estabilidade duradoira, volte à paz, para que todo o povo moçambicano se sinta melhor no seu país", sublinhou o chefe da delegação do principal partido da oposição, na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro com o executivo.
Por seu turno, o chefe-adjunto da delegação do Governo, Gabriel Muthisse, disse que a Renamo levou hoje à mesa novas propostas, que abrem caminho para uma solução em torno da crise política e militar em Moçambique.
"Tivemos hoje uma sessão que foi relativamente demorada, a Renamo trouxe propostas bastante novas, que, do nosso ponto de vista, são um ponto de partida para uma discussão muito importante, e sobretudo, são propostas que procuram remover grande parte daquilo que eram as nossas diferenças", afirmou Muthisse.
Recusando também pormenorizar os pontos em relação aos quais houve progressos, o chefe da delegação do Governo enfatizou que as propostas que o principal partido da oposição apresentou abrem perspetivas para um entendimento.
"O que posso dizer é que considero as propostas que a Renamo trouxe como uma base de começo muito importante, que permitirá a remoção das nossas diferenças", sublinhou Gabriel Muthisse.
As negociações visando pôr termo à crise política e militar em Moçambique estavam encalhadas há vários meses, devido a divergências em torno do desarmamento do braço armado da Renamo e da exigência do movimento de reintegração de antigos oficiais seus supostamente marginalizados no exército e de um comando conjunto das Forças Armadas e da Polícia.
A actual crise, inicialmente provocada por divergências sobre a lei eleitoral, já ultrapassadas com a aprovação de emendas à lei eleitoral, levou a confrontos entre o exército e homens armados da Renamo e a emboscadas na principal estrada do país, atribuídas ao principal partido da oposição.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, está refugiado em lugar incerto, algures na Serra da Gorongosa, centro do país, depois de o acampamento em que vivia na região ter sido tomado pelo exército.
Lusa"Hoje tivemos a ronda número 64, gostaríamos de dizer que, nesta ronda, tivemos avanços, ainda não conclusivos, mas tivemos avanços. Esperamos que nas próximas rondas possamos concluir aquilo que é fundamental para podermos trazer a tranquilidade ao nosso povo e a todos nós", disse à comunicação social o chefe da delegação da Renamo nas negociações com o Governo, Saimone Macuiane.
Macuiane escusou-se a especificar o conteúdo dos progressos verificados nas negociações, remetendo essa informação para as próximas rondas negociais, mas avançou que o impulso registado no diálogo com o Governo vai permitir a harmonização dos aspetos na origem do impasse que prevalecia.
"Os avanços têm em vista a harmonização dos aspectos essenciais de modo a que, de uma vez para sempre, o nosso país volte à estabilidade duradoira, volte à paz, para que todo o povo moçambicano se sinta melhor no seu país", sublinhou o chefe da delegação do principal partido da oposição, na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro com o executivo.
Por seu turno, o chefe-adjunto da delegação do Governo, Gabriel Muthisse, disse que a Renamo levou hoje à mesa novas propostas, que abrem caminho para uma solução em torno da crise política e militar em Moçambique.
"Tivemos hoje uma sessão que foi relativamente demorada, a Renamo trouxe propostas bastante novas, que, do nosso ponto de vista, são um ponto de partida para uma discussão muito importante, e sobretudo, são propostas que procuram remover grande parte daquilo que eram as nossas diferenças", afirmou Muthisse.
Recusando também pormenorizar os pontos em relação aos quais houve progressos, o chefe da delegação do Governo enfatizou que as propostas que o principal partido da oposição apresentou abrem perspetivas para um entendimento.
"O que posso dizer é que considero as propostas que a Renamo trouxe como uma base de começo muito importante, que permitirá a remoção das nossas diferenças", sublinhou Gabriel Muthisse.
As negociações visando pôr termo à crise política e militar em Moçambique estavam encalhadas há vários meses, devido a divergências em torno do desarmamento do braço armado da Renamo e da exigência do movimento de reintegração de antigos oficiais seus supostamente marginalizados no exército e de um comando conjunto das Forças Armadas e da Polícia.
A actual crise, inicialmente provocada por divergências sobre a lei eleitoral, já ultrapassadas com a aprovação de emendas à lei eleitoral, levou a confrontos entre o exército e homens armados da Renamo e a emboscadas na principal estrada do país, atribuídas ao principal partido da oposição.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, está refugiado em lugar incerto, algures na Serra da Gorongosa, centro do país, depois de o acampamento em que vivia na região ter sido tomado pelo exército.
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