Sunday, 10 February 2013

Tráfico de madeira e corrupção em Moçambique

« Laços de primeira classe : Tráfico de madeira e corrupção em Moçambique », assim se intitula o relatório publicado hoje em Londres, que denuncia as ligações de alto nível entre moçambicanos e importadores chineses pouco escrupulosos. No ano passado, Moçambique perdeu 30 milhões de dólares (22 milhões de euros ), devido ao tráfico ilegal de madeira.
Um estudo publicado esta Quinta feira em Londres, pela ong Environmental Investigation Agency, revela que metade das exportações de madeira moçambicana para a China são ilegais.
Intitulado « Laços de primeira classe : Tráfico de madeira e corrupção em Moçambique », o relatório sublinha que em 2012 o valor total das exportações de madeira para a China atingiu 130 milhões de dólares, e que o País poderia ter ganho 29 milhões de dólares de impostos.
Carlos Serra jr., jurista ambiental da ong moçambicana Terra Viva, afirma que Moçambique tem grandes dificuldades em travar este tráfico ilegal.
Ainda segundo o relatório da Environmental Investigation Agency, as autoridades moçambicanas têm desenvolvido esforços para combater o tráfico ilícito de madeira, mas vários homens políticos moçambicanos, em colaboração com comerciantes chineses pouco escrupulosos, têm conseguido contornar as leis. Para o jurista ambiental Carlos Serra jr. , as empresas chinesas operam em Moçambique com condições definidas pelas autoridades moçambicanas, que se têm mostrado demasiadamente brandas.



RFI

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