Thursday 28 February 2013

Comissão dos Direitos Humanos condena violência contra desmobilizados

Custódio Duma contra-ataca José Mandra.

Para Custódio Duma, os desmobilizados têm direito de se manifestar pacificamente e isso pode fazer-se por meio de cânticos, marchas ou exibição de dísticos, desde que não criem distúrbios nem desordem.
O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Custódio Duma, condena o uso excesso de força por parte da Polícia para reprimir desmobilizados, membros do Fórum liderado por Hermínio dos Santos que ontem se concentraram nos arredores do edifício do Gabinete do Primeiro-ministro, concretamente no Circuito de Manutenção Física António Repinga, em Maputo.
Numa crítica dirigida ao vice-ministro do Interior, José Mandra, que ontem afirmou que a violência infligida contra os desmobilizados foi na medida justa e na proporção certa, Custódio Duma disse que a manifestação é um direito, desde que não se criem distúrbios, algazarras e desordem. Duma defendeu que, naquele caso particular, não houve nada por parte dos desmobilizados que justificasse uma carga policial na dimensão que ocorreu.
“O direito de manifestar é para todos os cidadãos, desde que seja ordeira e não use força. Não interessa, mesmo que não seja esta a forma de resolver o problema, mas é um modo de pressionar. Podem, sim, marchar, cantar, exibir dísticos, mesmo sabendo que não são os dísticos que vão resolver os seus problemas”.
O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos foi mais longe ao esclarecer, directamente, José Mandra que a violência é algo sempre negativo. “Não existe violência justa. Tudo o que é violento é mau e tudo o que for ofensivo aos direitos dos cidadãos não tem como ser justo. É sempre mau e condenável“, disse Duma.



 O País

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