MUNDO ÁRABE TEME CONTÁGIO
A deposição do presidente tunisino Ben Ali, afastado por uma revolta popular em todo o país, está a criar uma onda de choque que ameaça alastrar-se pelo mundo árabe.
A revolta tunisina contra a corrupção, o desemprego e o aumento do custo de vida começou em Dezembro e foi acompanhada de manifestações semelhantes na vizinha Argélia. Agora, a Jordânia foi palco de desfiles em várias cidades contra o governo do primeiro--ministro Samir Rifai, e ontem o Egipto deu os primeiros sinais de instabilidade. Cerca de uma centena de opositores ao presidente Hosni Mubarak reuniram-se junto à embaixada da Tunísia no Cairo entoando cânticos de provocação: "Ben Ali, diz a Mubarak que ele também tem um avião à espera." Em países como Marrocos e Líbia, o receio de revoltas como as da Argélia e Tunísia levou os respectivos governos a anunciarem descidas de preços de bens essenciais. Na Síria, o descontentamento só não é ainda visível graças ao controlo da segurança do Estado.
(Correio da manhã)
Comissão de inquérito vai investigar responsabilidades
O primeiro-ministro cessante informou também que “foram tomadas medidas preventivas” para lidar com a família de Ben Ali, suspeita de corrupção. Ghannouchi deu a entender que já teriam sido feitas várias detenções, mas não disse de quem. “Uma comissão de inquérito vai ser criada para estabelecer as responsabilidades de cada indivíduo”, adiantou.
(Público)
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