O governo moçambicano decretou alerta vermelho por causa das chuvas que caem quase sem parar no país. A medida dá poderes às instituições do Estado para retirar compulsivamente populações residentes em zonas de risco em caso de agravamento das inundações.
“As chuvas não param, as barragens já abriram as comportas e, nos países vizinhos, a situação é a mesma”, disse Alberto Nkutumula, porta-voz do Conselho de Ministros. “Nós temos experiência com inundações; sabemos como essas coisas ocorrem”, afirmou recordando as cheias de 2000, que deixaram milhares de desabrigados.
Em 22 de fevereiro de 2000, o ciclone Eline provocou ventos de mais de 100 quilômetros por hora no Oceano Índico, e trouxe chuvas torrenciais para Moçambique, a partir da cidade da Beira, centro do país. Cinco dias depois, as inundções haviam se alastrado por mais de mil quilômetros, chegando à região da capital, Maputo. Cerca de 1 milhão de pessoas foram afectadas e mais de 300 mil ficaram desalojadas.
Em Moçambique, o alerta vermelho significa que todos os ministérios com organismos ligados à gestão de calamidades (que possam prevenir ou auxiliar no caso de enchentes) passam a se reunir duas vezes por dia, para troca de informações. Os órgãos também têm mais liberdade para fazer gastos emergenciais que, sem o decreto, precisariam ser autorizados.
Segundo Nkutumula, é uma medida preventiva, porque os efeitos da chuva, até agora, são contornáveis. Cerca de 12 mil pessoas foram afectadas este ano, principalmente no Sul do país, nas zonas baixas dos rios Limpopo e Incomati. No sul, as barragens de Pequenos Limbondos, Corrumane e Massingir estão no limite da capacidade. Na região central, a Hidroeléctrica Cahora Bassa, a maior do país, elevou a descarga das comportas de 2 mil metros cúbicos por segundo (m³/s) para 3,5 mil m³/s.
Várias estradas estão intransitáveis no centro de Moçambique. Em três províncias há distritos isolados – Tete, Manica e Sofala. Plantações de algodão, trigo e arroz estão alagadas e a produção foi praticamente perdida.
Outros países da África Austral também sofrem com as cheias, desde Angola, na costa do Oceano Atlântico, até a ilha de Madagascar, no Índico. Zimbábwe, Zâmbia, Malawi, Lesotho e África do Sul estão entre os países que já enfrentam problemas. Só na África do Sul, o número de mortes por causda das chuvas e enchentes ultrapassa 50.
“Todos os países da região devem receber chuvas entre o normal e o acima do normal entre janeiro e março de 2011”, informou o escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês). De acordo com a instituição, África avançou muito na última década em termos de prevenção de inundações. Há mais coordenação entre os governos e os países estão bem mais preparados para lidar com as enchentes.
RM
“As chuvas não param, as barragens já abriram as comportas e, nos países vizinhos, a situação é a mesma”, disse Alberto Nkutumula, porta-voz do Conselho de Ministros. “Nós temos experiência com inundações; sabemos como essas coisas ocorrem”, afirmou recordando as cheias de 2000, que deixaram milhares de desabrigados.
Em 22 de fevereiro de 2000, o ciclone Eline provocou ventos de mais de 100 quilômetros por hora no Oceano Índico, e trouxe chuvas torrenciais para Moçambique, a partir da cidade da Beira, centro do país. Cinco dias depois, as inundções haviam se alastrado por mais de mil quilômetros, chegando à região da capital, Maputo. Cerca de 1 milhão de pessoas foram afectadas e mais de 300 mil ficaram desalojadas.
Em Moçambique, o alerta vermelho significa que todos os ministérios com organismos ligados à gestão de calamidades (que possam prevenir ou auxiliar no caso de enchentes) passam a se reunir duas vezes por dia, para troca de informações. Os órgãos também têm mais liberdade para fazer gastos emergenciais que, sem o decreto, precisariam ser autorizados.
Segundo Nkutumula, é uma medida preventiva, porque os efeitos da chuva, até agora, são contornáveis. Cerca de 12 mil pessoas foram afectadas este ano, principalmente no Sul do país, nas zonas baixas dos rios Limpopo e Incomati. No sul, as barragens de Pequenos Limbondos, Corrumane e Massingir estão no limite da capacidade. Na região central, a Hidroeléctrica Cahora Bassa, a maior do país, elevou a descarga das comportas de 2 mil metros cúbicos por segundo (m³/s) para 3,5 mil m³/s.
Várias estradas estão intransitáveis no centro de Moçambique. Em três províncias há distritos isolados – Tete, Manica e Sofala. Plantações de algodão, trigo e arroz estão alagadas e a produção foi praticamente perdida.
Outros países da África Austral também sofrem com as cheias, desde Angola, na costa do Oceano Atlântico, até a ilha de Madagascar, no Índico. Zimbábwe, Zâmbia, Malawi, Lesotho e África do Sul estão entre os países que já enfrentam problemas. Só na África do Sul, o número de mortes por causda das chuvas e enchentes ultrapassa 50.
“Todos os países da região devem receber chuvas entre o normal e o acima do normal entre janeiro e março de 2011”, informou o escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês). De acordo com a instituição, África avançou muito na última década em termos de prevenção de inundações. Há mais coordenação entre os governos e os países estão bem mais preparados para lidar com as enchentes.
RM
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