Wednesday 13 October 2010

MDM adere à “Internacional Democrata do Centro”


Beira (Canalmoz) - O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) acaba de ser admitido como membro de pleno direito da “Internacional Democrata do Centro” (em Inglês “Centrist Democrat International”), que até 1999 se designava por “Internacional Democrata Cristã”, uma associação de partidos políticos democratas-cristãos e cristãos socialistas de vários países e cuja ideologia, de acordo com seu depoimento, foi baseada inicialmente no “humanismo cristão”.
A organização a que o MDM acabada de aderir foi fundada em 1961 sob o nome União Mundial Democrata Cristã.
Este facto foi ontem revelado pelo presidente do MDM, Daviz Simango, numa conferência de imprensa, no Aeroporto Internacional da Beira, à sua chegada de Marraquexe, Marrocos.
A Internacional Democrata do Centro (IDC) congrega cem partidos de África, América Latina, Ásia e Europa. Neste último continente conta com 28 filiados, estando no poder em alguns países.
De acordo com Daviz Simango o MDM acredita que pode desenvolver parecerias no seio da IDC e contar com os apoios dos seus co-membros na perspectiva de vir a constituir-se como poder em Moçambique.
Acrescentou que no referido evento no Reino de Marrocos, um país de maioria muçulmana no norte de África, passou-se em revista a situação democrática no mundo.

Angola

Na conferência da IDC em Marrocos os presentes manifestaram-se preocupados com a situação prevalecente em Angola, onde são limitadas as liberdades individuais e alguns jornalistas foram assassinados.
“Angola está numa situação muito má devido a execuções sumárias de jornalistas e membros da oposição”, disse Daviz Simango, presidente do MDM.

Remodelação governamental

Questionando sobre as mudanças que Armando Guebuza fez no Governo esta última segunda-feira, Simango referiu que “peca por ser tardia”.
Entretanto Daviz Simango disse que “o Governo de Guebuza é fraco e não tem capacidade para lidar com o sistema económico”.
“O que o Executivo devia fazer era redefinir a política agrária. Também o subsídio do pão deveria incluir os produtores domésticos, em virtude destes também empregarem muita força de trabalho”, disse ainda em conclusão e pelo facto de acreditar que as mexidas têm a ver com os protestos populares do início de Setembro em Maputo e Matola.

(Adelino Timóteo, CANALMOZ)

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