Acções paliativas na Marginal

ENQUANTO se prepara o concurso público para a reconstrução de toda a extensão da orla marítima da cidade do Maputo, num projecto orçado em 23 milhões de dólares, as autoridades municipais vão fazendo paliativos, numa altura em que se aproxima a época das chuvas. Com efeito, estão em curso desde segunda-feira algumas intervenções com vista à eliminação dos buracos abertos nos passeios da Avenida Marginal, que culminaram com a destruição de algumas partes da barreira de protecção da orla.

Maputo, Sexta-Feira, 15 de Outubro de 2010:: Notícias

Numa primeira fase, são ao todo seis buracos, alguns dos quais de grandes dimensões, já identificados que vão merecer a atenção do empreiteiro à qual foram adjudicadas as obras.
Trata-se das crateras abertas no passeio da zona entre o Clube Naval e o viaduto localizado junto à Escola Superior de Ciências Náuticas, antiga Escola Náutica, na Praça Robert Mugabe.
Fonte próxima do empreiteiro disse que os trabalhos terão uma duração de 60 dias, a contar a partir da segunda-feira, dia em que começou a mobilização da parte do equipamento necessário para a execução das obras.
Apesar de sinais de mau tempo, os operários estavam terça-feira no local onde já “atacavam” a primeira cratera, enchendo-a de betão ciclópico, de rápida secagem para evitar a entrada das águas do mar até ao limite da estrada e a contínua degradação.
Depois de fechar os buracos junto à barreira de protecção, segundo a mesma fonte, vai começar o processo do seu enchimento com areia para, de seguida, reconstruir-se os passeios.
Entretanto, a fonte esclareceu que estes trabalhos não fazem parte do projecto de reabilitação e reconstrução dos 13 quilómetros que compõem a orla marítima da cidade capital. Para este fim, espera-se pelo lançamento, dentro de dias, do concurso que vai permitir a selecção do empreiteiro executor dos trabalhos.
Intervenções do género já foram efectuadas noutros pontos da orla marítima, com destaque para as zonas do ATCM e do Supermercado Game, onde o quadro se apresenta mais crítico. As obras consistiram na construção de uma barreira de protecção de betão com pouco mais de um metro de altura.
As últimas informações do município indicavam o último trimestre deste ano como o período em que deverão arrancar efectivamente as obras de reabilitação e reconstrução de toda a extensão da orla, uma vez que já tinha sido disponibilizado o montante necessário para a execução dos trabalhos, num financiamento do Governo e do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) no valor de 23 milhões de dólares norte-americanos.