Thursday, 28 January 2010

Rugby no fim do apartheid (COM TRAILER)






‘Uma equipa, uma nação’ foi a campanha promovida por Nelson Mandela nos anos 90 para acabar com o fosso racial que dividia a África do Sul, aproveitando a participação da selecção na Taça do Mundo de Rugby, agora recordada num filme de Clint Eastwood.
‘Invictus’ é um plano. E um sonho. De como construir um país em que reine a harmonia entre brancos e negros que ainda há pouco se debatiam ferozmente sem respeito nem dignidade humanas.
Nelson Mandela acreditou que a África do Sul podia ser um país harmonioso, onde as raças coabitassem pacificamente. O sonho demorou a cumprir-se mas uma bola, pouco redonda, ajudou a diluir as divergências entre as cores.
O rugby e a Taça do Mundo de 1995 que levou a fraca e desconcentrada equipa à vitória improvável, elevou também o espírito de união de um país fracturado, selando as feridas (ou dando o primeiro passo nesse sentido, pelo menos) de um passado amargo muito recente.
Morgan Freeman é Mandela, o primeiro presidente negro de uma África do Sul racista e apartada. Matt Damon é Piennar, capitão de uma equipa de rugby desmoralizada mas que mantém a arrogância dos opressores.
De um lado, os miúdos negros, franzinos, a jogar futebol num campo pelado, rodeado de vedações de arame; do outro, os jovens brancos, corpulentos, de verde e ouro vestidos (o equipamento da selecção), num campo verde entre belas cercas de madeira. Assim se faz o primeiro plano de ‘Invictus’; assim se faz jus à expressão de que “uma imagem vale mais do que mil palavras.”
Mas Clint Eastwood não poupa nas palavras, sempre certeiras, de Mandela, um presidente sonhador e crente num futuro melhor, que venceu e convenceu pela força do diálogo, pela inspiração das palavras, pela motivação da poesia.
Freeman e Damon, numa ligação improvável que sela a total fé nos homens são os senhores do filme, trama de um senhor realizador-actor que, aos 79 anos, mostra um coração mais brando e que foi sendo domado pela força dos afectos e emoções num trajecto recheado de história – e estórias.


Confira aqui.

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