Tuesday 19 January 2010

Dhlakama reitera manifestações esta semana


Por considerar a Frelimo Comunista

O líder da Renamo, maior partido da oposição, Afonso Dhlakama, reiterou, na semana finda, a sua intenção de promover as manifestações “pacíficas” que tem vindo a propagar em diferentes ocasiões.

Na sua explicação aos “renamistas”, numa reunião de emergência, Dhlakama afirma que todas as bases necessárias para levar a cabo as manifestações já estão preparadas para esta semana.

“Chegou a data, é depois de amanhã que a manifestação é feita. É feita do Rovuma ao Maputo, e não é a manifestação de marchar na estrada, com gravata e a dizer viva Dhlakama. É sim uma manifestação de persuasão, que vai fazer o regime comunista recuar. E vai ser feita”, garantiu.

Na reunião, Dhlakama mostra-se confiante na realização das manifestações, afirmando que absolutamente ninguém tem medo da polícia, até porque como acrescenta “todos os moçambicanos estão revoltados com o actual cenário político-social do país”.

“Não são moçambicanos? nasceram na esquadra? não têm família, os pais deles não sofrem também? os polícias não estão para matar alguém, mas pelo contrário estão para proteger”, esclareceu aquele líder, para depois ameaçar que “se a Frelimo mandar a polícia para matar, essa polícia vai encontrar a resposta própria, a qual nunca viram em Moçambique, pois estamos preparados”.

Num outro desenvolvimento, o número um da “perdiz” ressalta que “não queremos que as manifestações sejam mal interpretadas, como violência, vandalismo, entre outras, queremos aquelas que temos visto na Inglaterra, Portugal, a África do sul e outros países, é esse tipo de manifestação que vamos fazer”.

Dhlakama reitera ainda que ninguém toma posse oficialmente, esclarecendo informação segundo a qual a Comissão Política voltaria atrás na sua decisão de boicotar o parlamento.

“Niguém toma posse oficialmente, dentro dos nossos estatutos”. Ainda segundo ele, “ninguém está a planificar acabar com a Frelimo, a Frelimo é que está a planificar acabar com a Renamo. por exemplo, em 2004, a Frelimo deu-nos 90 assentos, em 2009 deu 51 e em 2014 pensa em dar cinco”.

Por isso, “não podemos dormir, temos de manifestar”, frisou o líder da Renamo.

( O País, 19/01/10)

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