Wednesday, 26 August 2009

Anibalzinho de novo nas celas do Comando

O foragido Aníbal António dos Santos Júnior, mais conhecido por Aníbalzinho, está desde o princípio da noite de ontem novamente nas celas do Comando da Polícia em Maputo, após ter sido recapturado na última sexta-feira em Joanesburgo, África do Sul.
A equipa que o transportou desde África do Sul, liderada por Carlos Comé, director nacional da Polícia de Investigação Criminal (PIC), chegou ao Comando da capital pouco depois das 19 horas, num clima muito tenso e sob fortes medidas de segurança.
Anibalzinho chegou ao Comando a bordo de uma viatura celular da Força de Intervenção Rápida (FIR) e escoltado por um forte contingente composto por cerca de trinta agentes armados com metralhadoras AKM que se faziam transportar em duas viaturas.
Carlos Comé disse que por enquanto o foragido vai ficar na cela do Comando da Polícia até decisão final a ser emitida pelos ministros do Interior e da Justiça, José Pacheco e Benvida Levi, respectivamente.
A recaptura de Anibalzinho e a sua extradição ao país foi rodeada por muito secretismo, na medida em que até à manhã de ontem, o porta-voz do Comando-Geral da Polícia, Pedro Cossa, dizia apenas que uma brigada havia seguido para África do Sul com vista a confirmar as informações que circulavam desde o fim-de-semana, dando conta da sua detenção.
Anibalzinho evadiu-se das celas do Comando a 7 de Dezembro do ano passado, na companhia de Samuel Januário Nhare (Samito), já recapturado e encarcerado na BO e ainda de Luís de Jesus Samuel Tomás (Todinho), que veio a morrer em Malhampswene dias depois de uma confrontação com a Polícia.
O foragido encontrava-se a cumprir uma pena de 28 anos e três meses de prisão pelo seu envolvimento na morte do jornalista Carlos Cardoso, assassinado em Novembro do ano 2000.
De recordar que Anibalzinho fora conduzido àquele lugar depois de recapturado pela Interpol, no Aeroporto Internacional de Toronto, Canadá, para onde havia fugido em 2004, após a sua segunda evasão da Cadeia de Máxima Segurança da Machava (BO).
A primeira vez que este cadastrado fugiu da BO foi em Setembro de 2002, quando faltavam dois meses para o julgamento do chamado “caso Cardoso” tendo sido recapturado na África do Sul, no ano seguinte.

( Notícias, 26/08/09 )

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