Saturday, 4 August 2012

Símbolos do MDM proibidos em Chimoio - acusão é de Luís Boavida

AS autoridades municipais do Município de Chimoio, em Manica, são acusadas de intensificar a campanha de destruição de símbolos do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Maputo, Sábado, 4 de Agosto de 2012:: Notícias
A acusação, segundo a Agência Lusa, é feita por Luís Boavida, secretário-geral do MDM, que disse ainda que o Conselho Municipal de Chimoio, detido pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, emitiu uma circular que suspende as actividades e desautoriza mastros e bandeiras nas sedes da organização ou em qualquer outro ponto, sem “autorização” autárquica.
“Mandaram retirar todas as bandeiras do MDM nos bairros, incluindo na sede provincial. Obrigaram o dono da residência (onde funciona a sede) a anular o contrato de arrendamento e despejar o partido da sede, é uma novela política sem justificação legal”, acusou Luís Boavida.
O mesmo cenário, disse, acontece na província vizinha de Tete, também no centro do país.
De acordo com a mesma fonte, pelo menos três membros do MDM ficaram feridos quando tentavam defender as bandeiras içadas pelo partido, durante os confrontos com a Polícia Camarária que cumpria as ordens da circular ora citada que dava prazo de uma semana para limpar a cidade", supostamente em defesa da postura municipal.
"Mandámos retirar as bandeiras em cumprimento da postura municipal. Reunimos com todos os partidos e ficou claro que deviam retirar as bandeiras num determinado prazo", disse à Lusa Raul Conde, presidente do Conselho Municipal de Chimoio.
Nas sedes de outros partidos, incluindo a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), as bandeiras continuam içadas.
Hoje, o MDM voltou à Procuradoria da cidade para reforçar a queixa sobre as ilegalidades contra membros do governo, que ordenaram a “destruição e vandalização dos seus símbolos, incluindo agressão física e psicológica dos seus membros” em vários distritos da província.
Segundo o terceiro maior partido moçambicano, com representação parlamentar, nos distritos de Gondola e Sussundenga (centro) e Barue e Guro (norte), várias bandeiras foram roubadas, sedes vandalizadas e membros do partido espancados publicamente por içarem bandeiras nas residências.
Na ocasião uma delegação central do MDM reuniu-se com o secretário permanente provincial, pedindo-lhe que orientasse os membros dos governos distritais a cumprirem com a lei, lamentado ainda haver "perseguições, destruição de símbolos e até expulsão de membros das suas casas".
Entretanto, o partido está a reestruturar os órgãos a nível provincial, em preparação para as eleições autárquicas de 2013, em que pretende concorrer em todos os municípios, e as gerais (eleição das assembleias provinciais, deputados da assembleia e Presidente da República) de 2014.
O MDM tem oito deputados na Assembleia da República de Moçambique e gere os municípios da Beira, a segunda cidade do país, e de Quelimane, a quarta cidade.
 

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