Maputo, Sábado, 11 de Agosto de 2012
Numa missiva emitida por ocasião da passagem do 21º aniversário da entrada em
vigor da Lei de Imprensa, esta instituição governamental refere que apesar
destes constrangimentos, o país registou um desenvolvimento assinalável no que
respeita ao gozo das liberdades de expressão e de imprensa, assim como no
direito à informação.
Para o CSCS a entrada em vigor da Lei Nº 18/91 de 10 de Agosto, também
conhecida por Lei de Imprensa, constituiu, sem dúvidas, um dos marcos mais
importantes do processo de democratização de Moçambique.
“A Lei de Imprensa constitui um importante instrumento de trabalho dos
profissionais da comunicação social, em particular, e da sociedade moçambicana,
em geral, pois regulamenta o princípio constitucional consagrado do direito à
liberdade de expressão e à liberdade de imprensa, bem como o direito à
informação”, lembra o CSCS.
Segundo a fonte, vinte e um anos depois da entrada em vigor deste diploma
legal, o CSCS verifica, com satisfação, a prevalência de um ambiente favorável
ao exercício da liberdade de imprensa no país, o que tem resultado, entre outras
conquistas, no surgimento de novos meios de comunicação social, tanto nas
capitais provinciais, como em sedes distritais e dos postos administrativos,
havendo hoje registados 540 órgãos no país.
Para este organismo do Estado, o ambiente que o país vive permite que cada
vez mais moçambicanos tenham acesso à informação e a um vasto e privilegiado
espaço para fazerem ouvir a sua voz, os seus problemas, os seus anseios e as
suas exigências de luta pelo desenvolvimento do país.
“Não obstante os avanços registados – que se consubstanciam sobretudo na
existência de um quadro legal favorável ao exercício da liberdade de imprensa e
no pluralismo e diversidade de órgãos de comunicação social no país, com as mais
diferentes políticas editoriais – subsistem alguns constrangimentos que os
profissionais da área têm colocado.
De entre os constrangimentos verificados pelo CSCS destaque vai para o
difícil acesso às fontes oficiais de informação, a intimidação de jornalistas
por via de processos judiciais, as deficientes condições salariais e de trabalho
em alguns sectores da comunicação social, assim como o desconhecimento da
própria lei de imprensa por parte de alguns jornalistas.
Neste contexto, o CSCS afirma estar consciente que longo ainda é o caminho
por percorrer, a começar pelas redacções, o estado-maior dos órgãos de
comunicação social, onde, em alguns casos, é evidente a necessidade de um maior
aperfeiçoamento técnico-profissional por parte dos jornalistas, de modo que
estejam cada vez em melhores condições de abordar os assuntos que lhes chegam às
mãos.
Entretanto, para assinalar com dignidade esta efeméride o Conselho Superior
de Comunicação Social promove, quinta-feira em Maputo, uma palestra subordinada
ao tema “O Estado Actual da Liberdade de Imprensa, de Expressão e de Informação
no país”.
O evento será seguido do lançamento do lançamento do Relatório de
Monitorização da Cobertura Mediática da Campanha Eleitoral para a Eleição
Intercalar do Presidente do Presidente do Município de Inhambane, ocorrida em
Abril passado.
Lembre-se que o escrutínio foi ganho por Benedito Guimino, candidato proposto
pela Frelimo, que teve como adversário directo, o concorrente do MDM, Fernando
Nhaca.
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