Pelo menos 18 mineiros foram mortos na África do Sul, em confrontos com a polícia. O balanço de vítimas pode ainda aumentar dada a violência dos disparos que as imagens documentam.
As autoridades destacaram para a mina, da empresa Lonmin, cerca de 3.000 polícias que tinham estabelecido um cordão de segurança em redor da mina para evitar a repetição de confrontos. Mas os confrontos repetiram-se e a polícia disparou indiscriminadamente sobre os mineiros.
A desproporção dos meios empregues pela autoridades e os efeitos trágicos da acção ficaram registados pelas câmaras de uma equipa da Reuters que acompanhava o conflito laboral. Agentes da polícia sul-africana alegam ter respondido a disparos dos trabalhadores.
Há mais de uma semana que os trabalhos se encontram parados na mina de platina de Marikana, propriedade da Lonmin, devido a uma disputa salarial exacerbada pela rivalidade entre sindicatos. Um número indeterminado de trabalhadores, agentes da autoridade e responsáveis da empresa morreram desde o início da crise.
A violência desta quinta-feira é considerada a mais grave na África do Sul desde o fim do Apartheid, e surge numa altura em que o país volta a enfrentar um ambiente de tensão política, social e racial, com uma contestação crescente à governação do ANC de Jacob Zuma.
RM
2 comments:
É dos poucos blogues que faz referência ao acontecimento.
O que não é de modo algum de espantar.
Parabéns.
Obrigado, amigo, a tragedia, como deve saber,acabou por ser pior do que aqui foi relatado.
Post a Comment