Monday 27 July 2015

Xiconhoquices da semana: Falta de auditoria nas instituições públicas; Músicos escolhidos para a comitiva presidencial; Fuga recorrente de presos em Nacala-Porto


 

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:





Falta de auditoria nas instituições públicas

É preocupante a falta de auditoria algumas instituições públicas do país. Nos últimos anos, são reportados certas práticas pouco comuns nas instituições do Estado, mas que quanto ao impacto dessas denúncias quase nada se produz, muitas vezes por falta de vontade política por quem de direito. Não se sabe por que carga de água o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) não são submetidos a uma auditoria. O INSS tem vários casos de corrupção, os quais ainda não foram esclarecidos. Há processos-crime registados em 2012 e que supostamente já estavam devidamente instruídos e em poder do tribunal para serem julgados. Todavia, até hoje o seu desfecho continua no segredo dos deuses. Esta semana, o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, exigiu uma auditoria às contas do INSS, de forma a garantir transparência na gestão do dinheiro daquela instituição.

Músicos escolhidos para a comitiva presidencial

Qual é o critério usado na escolha de músicos para integrarem a comitiva presidencial? Essa é a questão que se coloca diante da qualidade e reputação dos artistas que acompanharam Filipe Nyusi na sua visita presidencial a terras lusas. Segundo um comunicado da Presidência, o estadista moçambicano levou Mr Bow, Liloca e Bang, figuras que não são de longe a representação da identidade da cultura nacional. Não se sabe ao certo que tipo de imagem o Chefe de Estado pretendia transmitir levando aqueles músicos, deixando de lado os verdadeiros embaixadores da música moçambicana. É triste quando um Estado é a favor da mediocridade. Quanta promiscuidade, ou melhor, Xiconhoquice!

Fuga recorrente de presos em Nacala-Porto
Já está a tornar-se moda os reclusos escapulirem-se das celas na cidade portuária de Nacala. A título de exemplo, um cidadão considerado um criminoso perigoso, que se encontrava detido na Cadeia Correccional de Nacala-Porto, simulou estar gravemente doente, gritou por socorro e evadiu-se com outros oito elementos, na tarde do último sábado. Alguns presos já tinham sido condenados a penas de prisão efectiva e outros estavam em cárcere preventivo. A fuga aconteceu por volta das 16h00 e ainda não há pistas do paradeiro do grupo. Este não é o primeiro caso que se dá naquela parcela de Moçambique. O mais caricato é que inúmeros presos da Cadeia de Nacala-Porto têm tido acesso a telemóveis e chegam a usar serviços das rádios ao intervirem em programas de interacção (mensagens e dedicatórias) descrevendo de que ligam a partir do interior das celas e mandando recados e saudações a amigos e familiares. A que ponto nós chegámos!


A Verdade

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