Nos últimos 10 anos,
acreditávamos que se tratava de um tubarão. Não era um tubarão qualquer. Era um
tubarão branco, um assassino silencioso, extremamente perigoso e com os dentes
bastante afiados para morder, sem dó nem piedade, o povo que, com muito suor e
sangue, paga os inúmeros impostos, mesmo sobrevivendo à intempérie. Foram 10
anos a assistir ao que acreditávamos ser um tubarão a emitir esgares por onde
passava, ao mesmo tempo que ampliava a sua fortuna para lá do intolerável.
Espoliando os moçambicanos, o que acreditávamos ser tubarão habilmente levava água ao seu moinho, tendo edificado um património económico pessoal que roça à pornografia num país em que o imaculado povo é forçado a viver a pão e água, para além de morrer de doenças curáveis nas infindáveis filas de que são características as unidades sanitárias. Foram 10 anos de saque ao cadavérico cofre do Estado. 10 anos de violentos e permanentes ataques ao bolso do paupérrimo contribuinte. Foram 10 anos de discursos cheios de banalidades. Discursos que não passavam de projecções e alucinações humanas proferidos por um tubarão animado com o sangue na água (leia-se riquezas do povo).
Porém, hoje parece que ninguém tem dúvidas de que o tubarão não é um tubarão. É, na verdade, um atum. Um atum de cabelos brancos – não confundir com o atum branco. Ao contrário dos atuns usados pelos traficantes para esconder toneladas de droga, o nosso atum esconde não menos do que 850 milhões de dólares norte-americanos. Ou seja, o nosso atum é sinónimo de roubo, corrupção e promiscuidade. Dito sem metáfora, o atum deixou o país vulnerável: à fome, à miséria e, enfim, a choques externos.
Sem nenhuma réstia de sentimento e refastelado numa praia ao longo dos dois mil quilómetros de costa moçambicana, o atum assiste ao país indo a pique, à semelhança do titanic. Mesmo não estando em alto-mar, o que faz o famigerado pescador identificado pelo nome de Procuradoria da República? Nada. Excessivamente nada. Pelo contrário, o pescador finge que o problema não lhe diz respeito. Até porque não é sua tarefa capturar um majestoso atum que chama a atenção do público. Na verdade, ele está demasiado ocupado pescando magumba.E quem vai pescar o atum?
Espoliando os moçambicanos, o que acreditávamos ser tubarão habilmente levava água ao seu moinho, tendo edificado um património económico pessoal que roça à pornografia num país em que o imaculado povo é forçado a viver a pão e água, para além de morrer de doenças curáveis nas infindáveis filas de que são características as unidades sanitárias. Foram 10 anos de saque ao cadavérico cofre do Estado. 10 anos de violentos e permanentes ataques ao bolso do paupérrimo contribuinte. Foram 10 anos de discursos cheios de banalidades. Discursos que não passavam de projecções e alucinações humanas proferidos por um tubarão animado com o sangue na água (leia-se riquezas do povo).
Porém, hoje parece que ninguém tem dúvidas de que o tubarão não é um tubarão. É, na verdade, um atum. Um atum de cabelos brancos – não confundir com o atum branco. Ao contrário dos atuns usados pelos traficantes para esconder toneladas de droga, o nosso atum esconde não menos do que 850 milhões de dólares norte-americanos. Ou seja, o nosso atum é sinónimo de roubo, corrupção e promiscuidade. Dito sem metáfora, o atum deixou o país vulnerável: à fome, à miséria e, enfim, a choques externos.
Sem nenhuma réstia de sentimento e refastelado numa praia ao longo dos dois mil quilómetros de costa moçambicana, o atum assiste ao país indo a pique, à semelhança do titanic. Mesmo não estando em alto-mar, o que faz o famigerado pescador identificado pelo nome de Procuradoria da República? Nada. Excessivamente nada. Pelo contrário, o pescador finge que o problema não lhe diz respeito. Até porque não é sua tarefa capturar um majestoso atum que chama a atenção do público. Na verdade, ele está demasiado ocupado pescando magumba.E quem vai pescar o atum?
Editorial, A Verdade
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