O Tribunal Supremo da África do sul agendou para esta segunda-feira, o início do julgamento dos nove agentes da polícia sul- africana acusados de envolvimento do assassinato do cidadão moçambicano, Mido Macie há cerca de dois anos e meio.O início do julgamento a nível do Tribunal Supremo foi adiado por diversas vezes depois de o ministério público ter concluído o processo de produção de provas sobre o envolvimento dos agentes policiais no assassinato.O processo de produção de provas que incluiu a reconstituição do crime através de fotografias tiradas no local, exames de balística e de DNA, decorreu no tribunal judicial de Benoni, arredores da cidade de Johannesburg.
Durante o processo, os agentes policiais negaram o seu envolvimento na morte de Mido Macia alegando que foi encarcerado enquanto vivo remetendo a responsabilidade aos outros agentes polícias da esquadra onde Macie viria a perder a vida.
No ano passado, o novo ministro da polícia da África do sul, Nkonsinathi Nhleko, ordenou a expulsão da corporação de todos os agentes da polícias, alegadamente, envolvidos no assassinato. Os agentes irão responder ao processo em liberdade depois de o tribunal judicial de Benoni ter aceite, em 2014, o pagamento de caução.
O julgamento é aguardado com renovada expectativa tendo em conta a repercursão que o caso teve logo depois da divulgação de imagens televisivas retratando a forma brutal como Mido Macia foi tratado por agentes da polícia sul-africana.
Macia foi espancado, amarrado e arrastado através de uma viatura policial por mais de quatrocentos metros, na sequência de uma discussão sobre o parqueamento.
Foi encontrado horas depois morto na esquadra da polícia de Devevton.
O julgamento do caso começa numa altura em que a violência prevalece entre os operadores de táxis, com o registo de um tiroteio que resultou na morte de uma pessoa, este fim-de-semana, em Johannesburg.
A violência eclodiu há cerca de duas semanas no subúrbio de Mamelodi, em Pretória, onde alguns autocarros de serviço público foram apedrejados.
O serviço nacional dos operadores de táxis na África do sul apela as autoridades policiais a manterem a ordem e segurança públicas, punindo exemplarmente os promotores da violência.
(RM Pretória)
(RM Pretória)
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