Malawi preocupado com número de refugiados moçambicanos que fogem de Tete
A
pretensão do Governo em desarmar a Renamo à força em Tete está a causar sofrimento à população.
Centenas de moçambicanos fugindo do conflito military
na província de Tete estão a refugiar-se no
distrito de Mwanza, no Malawi.
Segundo a imprensa malawiana, o Conselho Distrital
de Mwanza decretou um alerta de segurança em Maio,
depois de receber cerca de 700 moçambicanos que
procuram refúgio na região, sendo a maioria constituída por crianças.
As áreas afectadas, em Moçambique, são Mkondezi,
Monjo, Angónia e Tsangano. A maioria dos moçambicanos que foge para o Malawi está a usar rotas desconhecidas.
Este mês, as autoridades governamentais do Malawi
produziram um primeiro relatório.
“Há cerca de 678 moçambicanos, na sua maioria
crianças (415), que foram registados como em busca
de asilo, como resultado da agitação civil que
eclodiu na semana passada, sexta-feira, 3 de
Julho, em Moçambique”, diz o relatório.
A maioria dos refugiados está acampada em Kasipe
II, na área de Sénior Inkosi Kanduku, e está
a entrar no
Malawi por via de Neno e Chikhwawa.
Devido à entrada massiva de moçambicanos, há
temores de um aumento da actividade criminal em
algumas regiões do Malawi, pois os moçambicanos
não têm nenhuma fonte de subsistência, e alguns são
referidos como tendo armas de fogo.
Citado pela imprensa malawiana, Jarvis Mwenechanya, chefe do Conselho Distrital de Desastres e Gestão de Riscos de Mwanza, disse que,
neste momento, o grande problema para as pessoas é
comida e abrigo.
Jarvis Mwenechanya disse também que as condições
precárias em que vivem os moçambicanos refugiados
trouxeram temores de surtos de doenças nos locais
onde vivem.
Ele apelou às organizações não-governamentais para
ajudarem os deslocados, que são 113 famílias.
O jornal “Zodiak” confirmou os factos nas aldeias
de Thambani e Mpandasoni.
O Conselho Distrital aconselhou todos os chefes e
líderes tradicionais a procederem ao registo de
todas as pessoas deslocadas.
CANALMOZ – 22.07.2015
No comments:
Post a Comment