Friday, 24 July 2015

Conflito armado em Tete


Malawi preocupado com número de refugiados moçambicanos que fogem de Tete

A pretensão do Governo em desarmar a Renamo à força em Tete está a causar sofrimento à população. Centenas de moçambicanos fugindo do conflito military na província de Tete estão a refugiar-se no distrito de Mwanza, no Malawi.
Segundo a imprensa malawiana, o Conselho Distrital de Mwanza decretou um alerta de segurança em Maio, depois de receber cerca de 700 moçambicanos que procuram refúgio na região, sendo a maioria constituída por crianças.
As áreas afectadas, em Moçambique, são Mkondezi, Monjo, Angónia e Tsangano. A maioria dos moçambicanos que foge para o Malawi está a usar rotas desconhecidas.
Este mês, as autoridades governamentais do Malawi produziram um primeiro relatório.
“Há cerca de 678 moçambicanos, na sua maioria crianças (415), que foram registados como em busca de asilo, como resultado da agitação civil que eclodiu na semana passada, sexta-feira, 3 de Julho, em Moçambique”, diz o relatório.
A maioria dos refugiados está acampada em Kasipe II, na área de Sénior Inkosi Kanduku, e está a entrar no
Malawi por via de Neno e Chikhwawa.
Devido à entrada massiva de moçambicanos, há temores de um aumento da actividade criminal em algumas regiões do Malawi, pois os moçambicanos não têm nenhuma fonte de subsistência, e alguns são referidos como tendo armas de fogo.
Citado pela imprensa malawiana, Jarvis Mwenechanya, chefe do Conselho Distrital de Desastres e Gestão de Riscos de Mwanza, disse que, neste momento, o grande problema para as pessoas é comida e abrigo.
Jarvis Mwenechanya disse também que as condições precárias em que vivem os moçambicanos refugiados
trouxeram temores de surtos de doenças nos locais onde vivem.
Ele apelou às organizações não-governamentais para ajudarem os deslocados, que são 113 famílias.
O jornal “Zodiak” confirmou os factos nas aldeias de Thambani e Mpandasoni.
O Conselho Distrital aconselhou todos os chefes e líderes tradicionais a procederem ao registo de todas as pessoas deslocadas. 


CANALMOZ – 22.07.2015

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