Uma é a mana que tem o poder, e essa é a mana Quitem. A outra é a mana que quer o que a mana Quitem tem, quer o poder, e essa é a mana Quiquer.
Ambas as manas actuam armadas, sendo visível à vista desarmada que as manas Quitem e Quiquer são irmãs gémeas.
Mas avolumam-se as dúvidas se a mana Quiquer realmente quer, porque parece que não quer.
A única medida possível para corrigir eleições falsificadas é anulá-las e convocar novas eleições. Mas, desde o primeiro momento, a mana Quiquer não quis isso. Quando a mana Quiquer foi ocupar o seu lugar à mesa do banquete das hienas, lá na “magna casa” dos representantes de si próprios e de apetites impróprios, a mana Quiquer validou a fraude.
Também a partir do momento em que a mana Quiquer começou a dizer que queria um “Governo de gestão”, ficou claro que o assunto da fraude ficava encerrado, porque, afinal, querer participar num Governo saído de uma fraude é uma forma de validar essa mesma fraude. A mana Quiquer queria entrar no Governo por via da fraude, e isso mostra bem a sua qualidade de irmã gémea da mana Quitem.
Quando a mana Quitem nomeou os governadores provinciais, e a mana Quiquer começou a dizer que queria alterar o estatuto administrativo das províncias – em vez de exigir que os governadores nomeados fossem substituídos por governadores associados da própria mana Quiquer, – logo começou a ficar claro que a mana Quiquer não ia governar coisa nenhuma. Ficava claro que a mana Quiquer não tinha força para fazer a mana Quitem voltar atrás nas suas nomeações. E por isso a mana Quiquer lançou a manobra de diversão de pretender alterar a organização administrativa do país, para gerar um processo de fazer arrastar o tempo. A questão é tão simples quanto isto: para governar nas províncias onde a mana Quiquer ganhou, bastava nomear, nessas províncias, governadores associados à mana Quiquer, e isso não exigia qualquer alteração do estatuto das províncias. Mas a mana Quiquer não exigiu isso.
A mana Quiquer queria um “Governo de gestão”, mas a mana Quitem não quis, e a mana Quiquer deixou de querer e desistiu.
A seguir, a mana Quiquer desceu um degrau, pois desistiu de fazer parte do poder no Governo central, e passou a dizer que queria criar uma “república centro-norte”, mas a mana Quitem não quis, e a mana Quiquer deixou de querer e desistiu.
A seguir, a mana Quiquer desceu mais um degrau e passou a dizer que queria criar “regiões autónomas”, mas a mana Quitem não quis, e a mana Quiquer deixou de querer e desistiu.
A seguir, a mana Quiquer desceu mais um degrau e passou a dizer que queria criar “autarquias provinciais” – como quem muda de “república centro-norte” para “república autárquica” –, mas a mana Quitem não quis, e a mana Quiquer deixou de querer e desistiu.
A seguir, a mana Quiquer, como já tinha chegado à cave, e já não havia mais degraus para descer, deslizou para o subterrâneo e passou a dizer que quer criar uma comissão, que, como é sabido, é a medida que costuma ser tomada quando não se quer tomar medida nenhuma para resolver um problema. Cria-se uma comissão. Esta é a forma ideal para fazer arrastar o assunto até 2019.
E, assim, nada mais resta senão esperar pela próxima fraude, em 2019, porque até já foi superiormente anunciado que existe um plano para cinquenta anos. Mas quem é que vai estar interessado em ser actor nessa peça de teatro do género farsa, em 2019, sabendo-se, já desde agora, desde este desesperançado ano de 2015, que o resultado já está pré-determinado?
A mana Quiquer chegou àquela sua iniciativa final de criar uma comissão porque a mana Quiquer, tal como a mana Quitem, não faz nada que vá contra o mando da mamã Quimanda, a qual faz os seus números de ilusionismo usando o pomposo nome artístico de “Comunidade Internacional”.
A mana Quiquer não quer governar, quer é que o modelo de pilhagem legalizada dos fundos do orçamento do Estado que vigora lá na “magna casa” dos representantes de si próprios seja estendido para todas as instituições.
O resultado dessa aliança vai ser que os lugares que, até agora, eram ocupados exclusivamente pela mana Quitem, vão passar a ser divididos com a mana Quiquer, o que vai tornar o acesso a esses lugares muito mais restrito do que é hoje para qualquer cidadão que não seja associado de alguma dessas duas manas gémeas, a Quitem e a Quiquer.
As manas Quitem e Quiquer têm uma mana mais nova, que finge que não quer o mesmo, mas quer, e essa é a mana Quifinge, e que vai abocanhando umas fatias do banquete das insaciáveis manas Quitem e Quiquer, lá na “magna casa” dos representantes de si próprios.
De fora desta trama continuarão aquelas que outrora eram chamadas “massas populares”, que não pertencem à família da mamã Quimanda, e que foram pulverizadas por uma Guerra Neocolonialista, e agora foram baptizadas com o nome de “comunidades locais”, e estas são as órfãs Quisófrem.
Se houve uma fraude, e se os números de votos foram fabricados num computador, então como é que é possível saber, com base em dados falsos, que a mana Quiquer ganhou em seis províncias? O uso da terminologia “províncias em que ganhou” constitui já uma entrada na jogada da fraude, com o objectivo de obter benefícios próprios, defraudando os seus eleitores, porque os eleitores da mana Quiquer votaram nela para que ela governasse o país e não “regiões” ou “autarquias”. Tudo isto significa apenas uma coisa: que a mana Quiquer está a manipular o processo eleitoral, tal e qual como o fez a sua mana Quitem.
Há uma pergunta que, por muito que se queira fugir a ela, não é possível esquecê-la. Pode uma fraude – ou a negociação de uma fraude – ser um fundamento aceitável para alterar a organização administrativa de um país?
Não é admissível que a organização administrativa de um país seja modificada por motivo de um entendimento sobre qual é a melhor forma de cozinhar um “guisado de fraude”. Por isso, qualquer alteração que seja feita nesta conjuntura terá que ser anulada no futuro, quando o Estado for restaurado. Mas essa solução só surgirá se algum dia despertarem e se erguerem as órfãs Quisófrem.
(Afonso dos Santos, Canalmoz)
Ambas as manas actuam armadas, sendo visível à vista desarmada que as manas Quitem e Quiquer são irmãs gémeas.
Mas avolumam-se as dúvidas se a mana Quiquer realmente quer, porque parece que não quer.
A única medida possível para corrigir eleições falsificadas é anulá-las e convocar novas eleições. Mas, desde o primeiro momento, a mana Quiquer não quis isso. Quando a mana Quiquer foi ocupar o seu lugar à mesa do banquete das hienas, lá na “magna casa” dos representantes de si próprios e de apetites impróprios, a mana Quiquer validou a fraude.
Também a partir do momento em que a mana Quiquer começou a dizer que queria um “Governo de gestão”, ficou claro que o assunto da fraude ficava encerrado, porque, afinal, querer participar num Governo saído de uma fraude é uma forma de validar essa mesma fraude. A mana Quiquer queria entrar no Governo por via da fraude, e isso mostra bem a sua qualidade de irmã gémea da mana Quitem.
Quando a mana Quitem nomeou os governadores provinciais, e a mana Quiquer começou a dizer que queria alterar o estatuto administrativo das províncias – em vez de exigir que os governadores nomeados fossem substituídos por governadores associados da própria mana Quiquer, – logo começou a ficar claro que a mana Quiquer não ia governar coisa nenhuma. Ficava claro que a mana Quiquer não tinha força para fazer a mana Quitem voltar atrás nas suas nomeações. E por isso a mana Quiquer lançou a manobra de diversão de pretender alterar a organização administrativa do país, para gerar um processo de fazer arrastar o tempo. A questão é tão simples quanto isto: para governar nas províncias onde a mana Quiquer ganhou, bastava nomear, nessas províncias, governadores associados à mana Quiquer, e isso não exigia qualquer alteração do estatuto das províncias. Mas a mana Quiquer não exigiu isso.
A mana Quiquer queria um “Governo de gestão”, mas a mana Quitem não quis, e a mana Quiquer deixou de querer e desistiu.
A seguir, a mana Quiquer desceu um degrau, pois desistiu de fazer parte do poder no Governo central, e passou a dizer que queria criar uma “república centro-norte”, mas a mana Quitem não quis, e a mana Quiquer deixou de querer e desistiu.
A seguir, a mana Quiquer desceu mais um degrau e passou a dizer que queria criar “regiões autónomas”, mas a mana Quitem não quis, e a mana Quiquer deixou de querer e desistiu.
A seguir, a mana Quiquer desceu mais um degrau e passou a dizer que queria criar “autarquias provinciais” – como quem muda de “república centro-norte” para “república autárquica” –, mas a mana Quitem não quis, e a mana Quiquer deixou de querer e desistiu.
A seguir, a mana Quiquer, como já tinha chegado à cave, e já não havia mais degraus para descer, deslizou para o subterrâneo e passou a dizer que quer criar uma comissão, que, como é sabido, é a medida que costuma ser tomada quando não se quer tomar medida nenhuma para resolver um problema. Cria-se uma comissão. Esta é a forma ideal para fazer arrastar o assunto até 2019.
E, assim, nada mais resta senão esperar pela próxima fraude, em 2019, porque até já foi superiormente anunciado que existe um plano para cinquenta anos. Mas quem é que vai estar interessado em ser actor nessa peça de teatro do género farsa, em 2019, sabendo-se, já desde agora, desde este desesperançado ano de 2015, que o resultado já está pré-determinado?
A mana Quiquer chegou àquela sua iniciativa final de criar uma comissão porque a mana Quiquer, tal como a mana Quitem, não faz nada que vá contra o mando da mamã Quimanda, a qual faz os seus números de ilusionismo usando o pomposo nome artístico de “Comunidade Internacional”.
A mana Quiquer não quer governar, quer é que o modelo de pilhagem legalizada dos fundos do orçamento do Estado que vigora lá na “magna casa” dos representantes de si próprios seja estendido para todas as instituições.
O resultado dessa aliança vai ser que os lugares que, até agora, eram ocupados exclusivamente pela mana Quitem, vão passar a ser divididos com a mana Quiquer, o que vai tornar o acesso a esses lugares muito mais restrito do que é hoje para qualquer cidadão que não seja associado de alguma dessas duas manas gémeas, a Quitem e a Quiquer.
As manas Quitem e Quiquer têm uma mana mais nova, que finge que não quer o mesmo, mas quer, e essa é a mana Quifinge, e que vai abocanhando umas fatias do banquete das insaciáveis manas Quitem e Quiquer, lá na “magna casa” dos representantes de si próprios.
De fora desta trama continuarão aquelas que outrora eram chamadas “massas populares”, que não pertencem à família da mamã Quimanda, e que foram pulverizadas por uma Guerra Neocolonialista, e agora foram baptizadas com o nome de “comunidades locais”, e estas são as órfãs Quisófrem.
Se houve uma fraude, e se os números de votos foram fabricados num computador, então como é que é possível saber, com base em dados falsos, que a mana Quiquer ganhou em seis províncias? O uso da terminologia “províncias em que ganhou” constitui já uma entrada na jogada da fraude, com o objectivo de obter benefícios próprios, defraudando os seus eleitores, porque os eleitores da mana Quiquer votaram nela para que ela governasse o país e não “regiões” ou “autarquias”. Tudo isto significa apenas uma coisa: que a mana Quiquer está a manipular o processo eleitoral, tal e qual como o fez a sua mana Quitem.
Há uma pergunta que, por muito que se queira fugir a ela, não é possível esquecê-la. Pode uma fraude – ou a negociação de uma fraude – ser um fundamento aceitável para alterar a organização administrativa de um país?
Não é admissível que a organização administrativa de um país seja modificada por motivo de um entendimento sobre qual é a melhor forma de cozinhar um “guisado de fraude”. Por isso, qualquer alteração que seja feita nesta conjuntura terá que ser anulada no futuro, quando o Estado for restaurado. Mas essa solução só surgirá se algum dia despertarem e se erguerem as órfãs Quisófrem.
(Afonso dos Santos, Canalmoz)
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