A Frelimo, partido no poder há quase 40 anos, considerava o constitucionalista moçambicano Gilles Cistac, assassinado na terça-feira (03) em Maputo, “ingrato e mal-agradecido” à “hospitalidade e ao acolhimento dos moçambicanos”, por ter declarado que à luz do número 04, do artigo 273 da Constituição, a Renamo pode criar “regiões autónomas” nas províncias que diz ter ganho nas últimas eleições gerais.
O sentimento de ódio e repúdio em relação aos pronunciamentos de Gilles Cistac, por parte do partido que dirige os destinos do país desde 1975, foi manifestado pelo seu porta-voz, Damião José, segundo consta da notícia da Folha de Maputo, a 19 de Fevereiro deste ano.
“Ele tem a consciência de que está a faltar à verdade (...) com a deliberada intenção de criar confusão nas pessoas em defesa de interesses que ele sabe que são alheios à vontade do povo moçambicano”, disse Damião José, referindo-se a Cistac, que fundamentou que aquela cláusula era suficiente para as pretensões da “Perdiz” e não havia necessidade de mexer a Lei-Mãe, tal como alguns analistas pró-regime defendem.
Na altura, o porta-voz da Frelimo perguntou: “Será que o académico Cistac se estivesse na Argélia ou na França teria a coragem de assumir a postura que tem estado a assumir, que é uma ofensa e desafio aberto à vontade do povo moçambicano?
A Verdade
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