Friday, 20 March 2015

Mil crianças moçambicanas são anualmente traficadas para a exploração sexual na África do sul


Mil crianças moçambicanas são anualmente traficadas para a exploração sexual na África do sul- denuncia o Exército de Salvação, citado  numa pesquisa sobre o tráfico humano da Universidade de Free State.
 A pesquisa revela que uma em cada três meninas traficadas para fins sexuais na África do sul em 2014, tinha dezoito anos, havendo casos de outras com apenas dez.
 A empresa de pesquisa Lexis Nexis rastreou no ano passado, dezasseis mulheres e oito meninas traficadas para a exploração sexual, com base em relatos da comunicação social.
A pesquisadora Monique Emser da Universidade de Free State refere que o tráfico de crianças para a exploração sexual é bem maior na região sul do continente africano-embora haja relatos de situações similares na Nigéria e no Chade, onde as crianças são também frequentemente usadas como mercenários.
O porta-voz da comissão sul-africana para a Igualdade do Género, Javu Baloyi,considera que factores como a pobreza, fracos sistemas educacionais, e o desemprego  em diversos países da região austral de África concorrem para o aumento dos índices do tráfico de seres humanos, especialmente, de mulheres.
A pesquisadora  identificou "atitudes patriarcais" no País como um importante impulsionador do tráfico de meninas e mulheres. Ela disse que essas atitudes são endémicas na sociedade sul-africana.
Cita outras formas de exploração sexual,  como sendo aquelas em que as mães, por exemplo, facilitam o tráfico de suas filhas- uma tendência  descrita como sendo preocupante e chocante."
A pesquisa que temos estado a citar, revela que menos de trinta por cento das vítimas do tráfico humano são identificadas pela polícia por se tratar de um crime complexo e oculto.
Porém, o porta-voz da unidade especial de Investigação de Crimes Prioritários da polícia da África do sul, Hangwani Mulaudzi, diz que foi já estabelecida uma equipa para lidar com o flagelo do tráfico de seres humanos.
Hangwani Mulaudzi disse que a direcção para a investigação de crimes prioritários  montou uma mesa para lidar com o flagelo do tráfico de seres humanos e crimes de tráfico humano considerado como uma prioridade.




RM

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