doméstica.
Quem assim o disse foi o embaixador de Moçambique em Portugal, Miguel Mkaima, falando à AIM, em Lisboa, em reacção à notícia do lamentável caso de uma suposta menina moçambicana escravizada, publicada pelo jornal luso “Diário de Notícias” (DN) na sua edição desta terça-feira.
“Estamos a reunir informações necessárias que nos permitam o conhecimento aprofundado do caso”, sublinhou o diplomata, reconhecendo que soube através da imprensa (Diário de Notícias).
Trata-se de “situações complicadas e difíceis por acontecer com pessoas cuja presença em Portugal desconhecemos. Muitas vezes, entram por vias não muito claras ou por vias claras, mas que não se inscrevem nos consulados de Moçambique”, lamentou Mkaima.
Segundo a fonte, a preocupação neste momento da embaixada consiste na localização da criança.
“Vamos tentar trabalhar com as autoridades, uma vez que a notícia não avança o local, a data da ocorrência, nem mais detalhes”, disse o embaixador, esperando a colaboração das autoridades portuguesas.
Sem especificar a data, nem o local exacto da ocorrência, o jornal diz que, este ano, foi detectada em Portugal uma menina moçambicana, de 11 anos, que vivia em regime de escravatura, um exemplo da nova face do tráfico de seres humanos, que substitui a violência pelo controlo psicológico e tem como alvo os menores.
O DN cita técnicos de um centro de saúde não especificado que suspeitaram das más condições em que vivia a criança moçambicana e a sinalizaram às autoridades.
“Tinha sido trazida de Moçambique para fazer os trabalhos domésticos mais duros, vivendo 24 horas fechada e em regime de escravatura. E foi trazida para a casa de uma família da classe alta ou média-alta”, diz o jornal.
Os responsáveis do Observatório de Tráfico de Seres Humanos (OTSH) confirmam que se trata de “uma situação de escravatura”, sem dar mais pormenores, até para proteger a vítima. Mas a sinalização confirma que o fenómeno também existe em Portugal (há registo de um outro caso), avança.
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