D. DINIS Sengulane, bispo da Diocese dos Libombos, disse lamentar com lágrimas e vergonha o rumo que alguns países do Continente Africano continuam a trilhar para os seus povos: conflitos que só provocam mortes e atrasos no desenvolvimento de um continente bonito, rico em recursos humanos e materiais, rico espiritual e socialmente.
O bispo Sengulane apelou às lideranças para que numa altura em que o continente celebra mais um aniversário da criação da sua organização reforcem o diálogo a todos os níveis, ou seja, formal e informalmente e que ninguém, em razão da sua posição, assuste ou meta medo ao seu próximo, para que tão rapidamente a África possa sair da pobreza.
“Hoje, mais do que ontem, há toda uma necessidade de ser honestos; fecharmos as portas da corrupção, mãe da pobreza africana e acabarmos com os conflitos, mães de muitas mortes”, afirmou.
Acrescentou que a par da corrupção e dos conflitos há ainda a necessidade de África lutar contra as enfermidades como a malária, causa de muitas mortes. E uma forma de luta é a definição na agenda dos estados, da luta contra esta enfermidade.
“Vimos noutros continentes o barulho que se faz quando há uma enfermidade. Quando eclodiu a gripe H1N1 fez-se tanto barulho e a doença passou a constar das agendas dos estados. As várias organizações internacionais também agendaram como prioridade das suas acções a luta contra a doença e tão rapidamente foi controlada. Cá entre nós, precisamos de fazer ainda muito barulho para que a malária seja tida e considerada nas agendas dos estados. A malária tem pouco, mas muito pouco espaço nas agendas estatais. Já foi bom se ter reconhecido mundialmente um dia de luta contra a malária. Mas é preciso fazer ainda mais”, afirmou.
D. Dinis Sengulane referiu que sendo a África um continente rico, os seus povos precisam de trabalhar, libertar-se da preguiça mental, do egoísmo que atiça a corrupção e dos desvios de recursos que são as principais causas da pobreza.
“África possui, por assim dizer, muitos recursos adormecidos e que sem a preguiça mental, sem o egoísmo e sem os conflitos que caracterizam alguns países tão rapidamente se pode desenvolver”, considerou Dinis Sengulane.
Notícias, 26/05/10
2 comments:
Que susto, oh Zé!
Susto, Ximbi? O título é forte mas trata-se apenas de um convite à reflexão.
Post a Comment