Wednesday, 26 May 2010

FESTIVAL - Aldeia Cultural: Uma aposta na criatividade



CELEBRANDO a diversidade cultural, a cidade de Maputo acolheu nos últimos cinco dias, a contar da última sexta-feira, a segunda edição da “Aldeia Cultural”, uma combinação no mesmo espaço (Avenida Samora Machel) de diversas e diferentes manifestações artísticas desde o teatro, dança, poesia, literatura, cinema, artes plásticas e música.


Maputo, Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010:: Notícias

Tratou-se de um momento de demonstração inequívoca da criatividade artística que emana dos moçambicanos.

Sem grandes engenharias, sobretudo financeiras, a Avenida Samora Machel foi transformada nos últimos cinco num verdadeiro baluarte das artes e cultura, valendo-se pelo gosto e criatividade dos jovens que ali se fizeram para mostrar e demonstrar que também tem espaço nos esforços de luta contra a pobreza e de desenvolvimento do país.

Uniram-se no entendimento de que as artes e cultura são também um factor de desenvolvimento do país, pois além do papel social, a cultura é um bem capaz de contribuir como qualquer outro na economia do país.

Depois do sucesso da primeira experiência no ano passado, em que participaram cerca de 300 artistas, esta segunda edição teve a sorte estrear grandes produções nacionais, como são os casos filme “Mahla” realizado pelos jovens cineastas Pipaz Forjaz e Mikey Fonseca.

Foi estreada a peça de teatro “Papa me Suicidar”, encenada por Lucrécia Paço, a qual levou a cena uma mescla de artistas consagrados e principiantes, com destaque para Abdil Juma.

Foi no mesmo espaço que o mestre da timbila, Venâncio Mbande, lançou o seu primeiro disco compacto em terras moçambicanos.

Durante os cinco dias, passaram dos vários espaços criados na “Aldeia” os grupos Ghorwane, Malhangalene Jazz Quartet, Majaschoral, Milhoro, Orquestra Amadora Waretwa, ROCATS, Electronic Dub Reggae Friends, RAS Haitrim, Monas, Greens Red Eyes, Timbila Ta Gwevane, Cheny Wa Gune Quartet, entre outras bandas.

Foram projectados documentários e algumas longas-metragens, com destaque para a melhor curta-metragem “Mahla”.

Entretanto, o dia da abertura do festival foi o mais interessante no concerne à criatividade da produção e dos artistas. Somente para elucidar o leitor, a velha glória da música ligeira moçambicana, Dilon Djindje, apresentou-se a partir da varanda do segundo andar da Casa do Ferro, os Timbila Muzimba a partir da varanda do Café Gil Vicente, o Majaschoral da esplanada do antigo centro do ex-BPD. Uma grua foi mobilizada para um monólogo de Lucrécia Paço, por cima da estátua de Samora Machel.

Foi um exercício que mexeu com todos quanto acorreram àquele local, sobretudo pelo factor supresa. Ninguém sabia o que ia acontecer de seguida e em que espaço.

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