Friday, 14 May 2010

Instituto de Comunicação Social impõe guias de marcha para jornalistas

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Guebuza em “Presidência Aberta” em Nampula

Nampula (Canalmoz) – Um novo fenómeno está a registar-se no presente ano, à margem da “presidência aberta” que o chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, está a reralizar na província de Nampula, desde ontem, quinta-feira. Voltou-se ao tempo das guias de marcha, por enquanto apenas para jornalistas. Mas se a moda pega pode crescer.
O facto é a imposição de guias de marcha por parte da delegação provincial do Instituto de Comunicação Social (ICS), para os jornalistas dos órgãos com representação local.
Segundo apurámos, nas guias consta o nome do repórter. Este tem a obrigação de se apresentar nas secretarias dos Governos dos distritos por onde o chefe do Estado vai passar, não se sabendo quais são as consequências directas, no caso de o profissional de comunicação não proceder desse modo.
Este acto segue-se a uma exclusão que tinha sido efectuada dos jornalistas dos órgãos de informação independentes representados em Nampula, uma exclusão que durou até ao fim do dia que antecedeu o início dos trabalhos do PR em Nampula (quarta-feira).
Depois de ter visitado ontem o distrito de Eráti, o Presidente da República vai sucessivamente aos distritos de Lalaua, Nacala, Moma, Mossuril, Mogincual e à própria cidade de Nampula. Na capital provincial está previsto que venha a inaugurar oficialmente a fábrica da “Cervejas de Moçambique”.

(Aunício da Silva, CANALMOZ)


NOTA DO JOSÉ = A Frelimo revela algumas dificuldades em se libertar dos maus hábitos do passado.
Neste caso, temos o regresso às guias de marcha e a tentativa despudorada de controlar a Imprensa.

2 comments:

Anonymous said...

"Vira o disco e toca o mesmo" - o abuso de autoridade, a ditadura, o complexo de superioridade, a humilhação contra o povo, etc. nunca irá mudar enquanto a Frelimo estiver no poder.
O leopardo não muda as suas manchas - a Frelimo nunca irá mudar a sua doutrina de base - quando se começa mal ou torto, jamais se endireita.
Não conseguem livrar-se do complexo de controlo total, de fazer das pessoas meros robots.
Estes metem-me mesmo nojo!
A única forma de acabarmos com esta doutrina é votarmos em quem nos irá representar sem interesses pessoais.
Maria Helena

JOSÉ said...

É muito preocupante verificar que na Frelimo alguns ainda resistem às mudanças, ignorando que certas medidas são incompatíveis com a democracia.