Agora chegou a vez dos “independentes” mostrarem a sua verdadeira cara... Vergonhoso e nojento…
É deveras engraçado o que certos editores de jornais fazem para cumprir com suas agendas. Numa clara tomada de posição a favor do establishment" arrogam-se a servir de porta-vozes de quem paga mais numa tendência perigosa e de manifesto abandono das regras e deontologia da sua nobre profissão. Que os jornais vendem-se pelas suas capas já toda a gente sabe. Que os conteúdos contam também è verdade. Agora o que não conta e não é digno è que haja editores que aceitem ser "moços de recados" de supostas fontes afectas aos serviços de segurança do país.
Ou será que os fundos que serviram para criar certos órgãos de imprensa são de proveniência precisamente daquelas fontes sempre secretas? Conjecturar é direito e duvidar também cabe em qualquer análise.
Os factos falam por si. Quando se folheiam alguns jornais da praça toda a trama e jogo tomam-se evidentes. E convém não esquecer que os serviços prestados são bem pagos. Cargos no governo, viagens, "pocket money" são concedidos e contratos de publicidade renovados. A fome toma a dimensão de critério que ultrapassa qualquer aspecto ético e deontológico.
Se è comum jornalistas virarem consultores e assessores de políticos em tempo de campanha outra coisa igualmente inaceitável é que os mesmos entrem ou se embrenhem pela via da mentira e do encobrimento de factos. As mudanças que os políticos afirmam perseguir jamais se concretizara sem que o "Quarto Poder" cumpra as suas obrigações. E a principal obrigação da comunicação social è informar em plenitude e factualmente o que acontece.
Cada um caça com os meios ao seu dispor e cada um tem as suas preferências político-partidárias. Mas nesta vida e numa sociedade que se quer democrática em que os cidadãos gozem de seus direitos plenamente, é preciso que se respeitem mínimos e máximos. "Nem tudo o que cai na rede é peixe”.
A isenção informativa e a equidistância com que deve actuar o governo e todos os seus departamentos é uma responsabilidade inalienável face aos cidadãos. O que o erário público paga aos funcionários públicos aos mais diversos níveis é para que estes garantam serviços de qualidade.
No jogo político nacional é preciso que as pessoas aprendam que o Estado não é o governo do dia e que partido no poder não é e jamais será o povo deste país. Aquela confusão propositada dos tempos do partido único servia para que alguns abocanhassem o poder e o exercem de maneira a servir suas agendas particulares. A burocracia partidária daqueles tempos visava a implementação de uma agenda dupla. De um lado cumprir com as orientações da internacional Comunista dirigida pelo Partido Comunista da URSS e por outro lado constituir uma base para o surgimento de uma liderança político-govemamental guiada pelos preceitos do chamado "centralismo democrático"que como sabemos é uma ditadura de uma minoria de um circulo restrito de políticos militarizados.
Quando nos dias de hoje em situação completamente diferente se encontram jornalistas prestando serviços para uma suposta Inteligência" nacional só se pode dizer que é uma regressão aos tempos do Departamento de Informação e Propaganda do partido único. É preciso denunciar esse "cabritismo" que condena os cidadãos a consumirem informações "podres, recozidas" em aberta agressão aos seus direitos.
É preciso não esquecer que foram complots entre um certo partido e grande parte dos "jornalistas" que por esse país fora se querem apresentar como tal que furou ou diminuiu senão mesmo inviabilizou a vitória da democracia. O mandato e voto popular foram chamuscados por violentas ofensivas informativas. Só se comunicava o que interessava ao partido declarado vencedor das eleições e não aquilo que acontecia no terreno real.
É importante não esquecer o blackout informativo sobre a actuação da PRM abertamente favorável a Frelimo em Gaza e noutros lugares do país. Prender mandatários de partidos opositores e ordenar a limitação do seu acesso aos postos de votação, jamais recebeu destaque nos serviços informativos de certa imprensa, televisão ou rádio.
Hoje são estes mesmos órgãos e outros criados como "cogumelos após uma chuva de verão" que aparecem com notícias sensacionalistas e de fraco rigor informativo. O objectivo ê o mesmo de ontem. Ruir ou contribuir para corroer os partidos da oposição e beneficiar o partido no poder. Os editoriais repetidamente escritos de elogio ao PR são como que uma orientação do defunto DIP para aumentar a exposição do líder do partido no poder e garantir assim que suas intenções e procedimentos sejam aceites como a única verdade que os moçambicanos devem aceitar e cumprir.
Jornalismo é uma profissão de honra e de ética que e faz cumprindo um certo número de preceitos. A encomenda ou aceitação de dinheiros como garantia de ver determinado artigo ou ponto de vista publicado num jornal contraria de maneira violenta os mais básicos princípios do jornalismo.
Sempre que aparece a possibilidade de algum "peso-pesado" da nomenclatura ou de alguém com ela relacionado perder pontos na face dos cidadãos verificam-se autênticas corridas de produção de textos em sua defesa e condenando quem com provas objectivas ou subjectivas apresenta informações consideradas com potenciai prejudicial.
Esta nossa imprensa "independente" se esquece rapidamente de factos altamente danosos a economia e finanças nacionais como o branqueamento de capitais, a exportação ilegal de divisas, as redes de tráfico de imigrantes, os esquemas ilícitos que garantem a continua entra de imigrantes asiáticos e de África.
Na febre de obterem-se vantagens financeiras, jornalistas" que tinham granjeado estima, apreço e consideração entre seus leitores trocaram de camisa" e passaram a comer na “mão" de quem paga mais.
Este mercantilismo e mercenarismo que se desenvolve nas "barbas de todos" é perigoso e extremamente nocivo para a democracia e estabilidade nacional. Lembram-se que aquando das últimas manifestações populares em Maputo certo jornal apareceu revelando que supostos generais na reserva e membros de certo partido político faziam parte da organização daquele levantamento? As fontes eram também dos serviços secretos oficiais. São estas fontes que durante muito tempo levaram a que ministros e outros governantes aparecessem em público declarando que toda e qualquer discordância manifestada pelos moçambicanos só podiam ser obra de uma mão externa".
O encobrimento cúmplice da corrupção que grassa no país em nome de objectivos inconfessáveis é uma das "marcas registadas" que caracteriza a actuação de tristemente famosos órgãos independentes da comunicação.
Haja vergonha e haja coragem de denunciar os "vermes" que sugam o sangue da democracia nacional utilizando a falsa capa de "jornalistas independentes".
Noé Nhanthumbo, Diário da Zambézia – 09.03.2011, citado no Moçambique para todos e no Diário de um Sociólogo
É deveras engraçado o que certos editores de jornais fazem para cumprir com suas agendas. Numa clara tomada de posição a favor do establishment" arrogam-se a servir de porta-vozes de quem paga mais numa tendência perigosa e de manifesto abandono das regras e deontologia da sua nobre profissão. Que os jornais vendem-se pelas suas capas já toda a gente sabe. Que os conteúdos contam também è verdade. Agora o que não conta e não é digno è que haja editores que aceitem ser "moços de recados" de supostas fontes afectas aos serviços de segurança do país.
Ou será que os fundos que serviram para criar certos órgãos de imprensa são de proveniência precisamente daquelas fontes sempre secretas? Conjecturar é direito e duvidar também cabe em qualquer análise.
Os factos falam por si. Quando se folheiam alguns jornais da praça toda a trama e jogo tomam-se evidentes. E convém não esquecer que os serviços prestados são bem pagos. Cargos no governo, viagens, "pocket money" são concedidos e contratos de publicidade renovados. A fome toma a dimensão de critério que ultrapassa qualquer aspecto ético e deontológico.
Se è comum jornalistas virarem consultores e assessores de políticos em tempo de campanha outra coisa igualmente inaceitável é que os mesmos entrem ou se embrenhem pela via da mentira e do encobrimento de factos. As mudanças que os políticos afirmam perseguir jamais se concretizara sem que o "Quarto Poder" cumpra as suas obrigações. E a principal obrigação da comunicação social è informar em plenitude e factualmente o que acontece.
Cada um caça com os meios ao seu dispor e cada um tem as suas preferências político-partidárias. Mas nesta vida e numa sociedade que se quer democrática em que os cidadãos gozem de seus direitos plenamente, é preciso que se respeitem mínimos e máximos. "Nem tudo o que cai na rede é peixe”.
A isenção informativa e a equidistância com que deve actuar o governo e todos os seus departamentos é uma responsabilidade inalienável face aos cidadãos. O que o erário público paga aos funcionários públicos aos mais diversos níveis é para que estes garantam serviços de qualidade.
No jogo político nacional é preciso que as pessoas aprendam que o Estado não é o governo do dia e que partido no poder não é e jamais será o povo deste país. Aquela confusão propositada dos tempos do partido único servia para que alguns abocanhassem o poder e o exercem de maneira a servir suas agendas particulares. A burocracia partidária daqueles tempos visava a implementação de uma agenda dupla. De um lado cumprir com as orientações da internacional Comunista dirigida pelo Partido Comunista da URSS e por outro lado constituir uma base para o surgimento de uma liderança político-govemamental guiada pelos preceitos do chamado "centralismo democrático"que como sabemos é uma ditadura de uma minoria de um circulo restrito de políticos militarizados.
Quando nos dias de hoje em situação completamente diferente se encontram jornalistas prestando serviços para uma suposta Inteligência" nacional só se pode dizer que é uma regressão aos tempos do Departamento de Informação e Propaganda do partido único. É preciso denunciar esse "cabritismo" que condena os cidadãos a consumirem informações "podres, recozidas" em aberta agressão aos seus direitos.
É preciso não esquecer que foram complots entre um certo partido e grande parte dos "jornalistas" que por esse país fora se querem apresentar como tal que furou ou diminuiu senão mesmo inviabilizou a vitória da democracia. O mandato e voto popular foram chamuscados por violentas ofensivas informativas. Só se comunicava o que interessava ao partido declarado vencedor das eleições e não aquilo que acontecia no terreno real.
É importante não esquecer o blackout informativo sobre a actuação da PRM abertamente favorável a Frelimo em Gaza e noutros lugares do país. Prender mandatários de partidos opositores e ordenar a limitação do seu acesso aos postos de votação, jamais recebeu destaque nos serviços informativos de certa imprensa, televisão ou rádio.
Hoje são estes mesmos órgãos e outros criados como "cogumelos após uma chuva de verão" que aparecem com notícias sensacionalistas e de fraco rigor informativo. O objectivo ê o mesmo de ontem. Ruir ou contribuir para corroer os partidos da oposição e beneficiar o partido no poder. Os editoriais repetidamente escritos de elogio ao PR são como que uma orientação do defunto DIP para aumentar a exposição do líder do partido no poder e garantir assim que suas intenções e procedimentos sejam aceites como a única verdade que os moçambicanos devem aceitar e cumprir.
Jornalismo é uma profissão de honra e de ética que e faz cumprindo um certo número de preceitos. A encomenda ou aceitação de dinheiros como garantia de ver determinado artigo ou ponto de vista publicado num jornal contraria de maneira violenta os mais básicos princípios do jornalismo.
Sempre que aparece a possibilidade de algum "peso-pesado" da nomenclatura ou de alguém com ela relacionado perder pontos na face dos cidadãos verificam-se autênticas corridas de produção de textos em sua defesa e condenando quem com provas objectivas ou subjectivas apresenta informações consideradas com potenciai prejudicial.
Esta nossa imprensa "independente" se esquece rapidamente de factos altamente danosos a economia e finanças nacionais como o branqueamento de capitais, a exportação ilegal de divisas, as redes de tráfico de imigrantes, os esquemas ilícitos que garantem a continua entra de imigrantes asiáticos e de África.
Na febre de obterem-se vantagens financeiras, jornalistas" que tinham granjeado estima, apreço e consideração entre seus leitores trocaram de camisa" e passaram a comer na “mão" de quem paga mais.
Este mercantilismo e mercenarismo que se desenvolve nas "barbas de todos" é perigoso e extremamente nocivo para a democracia e estabilidade nacional. Lembram-se que aquando das últimas manifestações populares em Maputo certo jornal apareceu revelando que supostos generais na reserva e membros de certo partido político faziam parte da organização daquele levantamento? As fontes eram também dos serviços secretos oficiais. São estas fontes que durante muito tempo levaram a que ministros e outros governantes aparecessem em público declarando que toda e qualquer discordância manifestada pelos moçambicanos só podiam ser obra de uma mão externa".
O encobrimento cúmplice da corrupção que grassa no país em nome de objectivos inconfessáveis é uma das "marcas registadas" que caracteriza a actuação de tristemente famosos órgãos independentes da comunicação.
Haja vergonha e haja coragem de denunciar os "vermes" que sugam o sangue da democracia nacional utilizando a falsa capa de "jornalistas independentes".
Noé Nhanthumbo, Diário da Zambézia – 09.03.2011, citado no Moçambique para todos e no Diário de um Sociólogo
1 comment:
O meu título seria: "Em Moçambique - Jornalismo genuíno ou jornalismo lambe-botismo?"
Quanta verdade revela Noé Nhantumbo.
Como sempre, tira-me as palavras da boca e parece que lê o que se me vai na alma.
Maria Helena
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