“Mau tempo” no Magrebe, “mar chão” a Ocidente
Num relativamente curto espaço temporal de duas décadas, dois acontecimentos de extraordinária importância marcarão a história da humanidade: o desmoronamento do império soviético, em 1991, e os levantamentos dos povos árabes em curso no norte de África e no Médio Oriente. Ambos com um denominador comum: regimes totalitários no poder que caem pelas bases. Os tiranos que já tombaram – ou que estão em vias de saltar do poder – têm também algo em comum. Reclamam governar em nome das bases e alegam sistematicamente que vão às bases para se inspirarem na acção governativa. Oprimem, roubam e vigarizam em nome das bases. Quem os contesta é descrito como não possuindo base social de apoio, de estar a soldo de interesses estrangeiros – “mãozinha externa”; não terem ideologia e agirem sob a influência de substâncias psicotrópicas como alega o coronel-terrorista líbio, Muammar Kadhafi. Essa não é uma linguagem desconhecida no nosso país. Testemunhámo-la quando patriotas moçambicanos se batiam pelo fim de uma cópia fiel do que por essas paragens a Norte ainda prevalece ou prevaleceu a Leste. Cá dentro, entre nós, também não existia oposição – apenas “instrumentalizados” ou “saudosistas” do colonialismo. Linguagem de algozes!...
Num relativamente curto espaço temporal de duas décadas, dois acontecimentos de extraordinária importância marcarão a história da humanidade: o desmoronamento do império soviético, em 1991, e os levantamentos dos povos árabes em curso no norte de África e no Médio Oriente. Ambos com um denominador comum: regimes totalitários no poder que caem pelas bases. Os tiranos que já tombaram – ou que estão em vias de saltar do poder – têm também algo em comum. Reclamam governar em nome das bases e alegam sistematicamente que vão às bases para se inspirarem na acção governativa. Oprimem, roubam e vigarizam em nome das bases. Quem os contesta é descrito como não possuindo base social de apoio, de estar a soldo de interesses estrangeiros – “mãozinha externa”; não terem ideologia e agirem sob a influência de substâncias psicotrópicas como alega o coronel-terrorista líbio, Muammar Kadhafi. Essa não é uma linguagem desconhecida no nosso país. Testemunhámo-la quando patriotas moçambicanos se batiam pelo fim de uma cópia fiel do que por essas paragens a Norte ainda prevalece ou prevaleceu a Leste. Cá dentro, entre nós, também não existia oposição – apenas “instrumentalizados” ou “saudosistas” do colonialismo. Linguagem de algozes!...
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