“Entre 2002/2003 e 2008/2009 o crescimento não beneficiou os pobres”
Entre as razões que justificam este cenário negativo, estão o fraco nível de investimento público em infra-estruturas; baixo nível de acesso a serviços financeiros; fraco ambiente de negócios ...
Apesar de registar níveis satisfatórios em comparação com a maior parte dos países da África Sub-sahariana, o crescimento económico de Moçambique tem trazido menos benefícios aos pobres, uma situação que tende a piorar com o tempo. Esta é a conclusão do seminário que teve lugar ontem em Maputo, organizado pelo Movimento dos Estudantes Liberais de Moçambique, com o tema “Os Desafios e Estratégias de Crescimento Económico Inclusivo em Moçambique”.
O seminário teve como principais oradores o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Victor Lledó, e o economista Roberto Tibana.
Na óptica de Victor Lledó, o país tem estado a alcançar um crescimento positivo nos últimos 10 a 15 anos, mas ao contrário dos casos de sucesso, em termos de crescimento inclusivo – crescimento com reflexos em todas as camadas da sociedade –, o arranque do crescimento económico nacional não foi acompanhado por uma significativa diversificação económica ou exportadora.
Assim, e com base nos dados estatísticos dos rendimentos familiares, “entre 2002/2003 e 2008/2009, o crescimento não beneficiou os pobres”, sublinhou Ledó.
Ouros aspectos que justificam este cenário negativo, estão relacionados com o fraco nível de investimento público em infra-estruturas (estradas, pontes, energia, etc); baixo nível de acesso a serviços financeiros; fraco ambiente de negócios, entre outros.
Evitar conflitos sociais
“Evitar a desaceleração do crescimento em decorrência de conflitos sociais” é um dos caminhos a considerar para o alcance de um crescimento inclusivo, recomenda Victor Ledó, para quem é importante que haja igualdade de oportunidades e redução de desigualdades, sobretudo de rendimentos e de acesso ao emprego, por parte dos cidadãos.
As manifestações populares de 5 de Fevereiro de 2008 e de 1 e 2 de Setembro do ano passado são exemplos elucidativos da ausência de crescimento inclusivo no nosso país, e sugere-se que, para solucionar o problema, é preciso “implementar redes de protecção social sustentáveis e bem dirigidas e, sobretudo, preservar a estabilidade macroeconómica”.
“Na educação, moçambique está a criar confusão”
O economista Roberto Tibana, fazendo menção à importância do sector da educação para o crescimento inclusivo, mostrou-se indignado com o actual estágio da qualidade de ensino no país.
O País
Entre as razões que justificam este cenário negativo, estão o fraco nível de investimento público em infra-estruturas; baixo nível de acesso a serviços financeiros; fraco ambiente de negócios ...
Apesar de registar níveis satisfatórios em comparação com a maior parte dos países da África Sub-sahariana, o crescimento económico de Moçambique tem trazido menos benefícios aos pobres, uma situação que tende a piorar com o tempo. Esta é a conclusão do seminário que teve lugar ontem em Maputo, organizado pelo Movimento dos Estudantes Liberais de Moçambique, com o tema “Os Desafios e Estratégias de Crescimento Económico Inclusivo em Moçambique”.
O seminário teve como principais oradores o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Victor Lledó, e o economista Roberto Tibana.
Na óptica de Victor Lledó, o país tem estado a alcançar um crescimento positivo nos últimos 10 a 15 anos, mas ao contrário dos casos de sucesso, em termos de crescimento inclusivo – crescimento com reflexos em todas as camadas da sociedade –, o arranque do crescimento económico nacional não foi acompanhado por uma significativa diversificação económica ou exportadora.
Assim, e com base nos dados estatísticos dos rendimentos familiares, “entre 2002/2003 e 2008/2009, o crescimento não beneficiou os pobres”, sublinhou Ledó.
Ouros aspectos que justificam este cenário negativo, estão relacionados com o fraco nível de investimento público em infra-estruturas (estradas, pontes, energia, etc); baixo nível de acesso a serviços financeiros; fraco ambiente de negócios, entre outros.
Evitar conflitos sociais
“Evitar a desaceleração do crescimento em decorrência de conflitos sociais” é um dos caminhos a considerar para o alcance de um crescimento inclusivo, recomenda Victor Ledó, para quem é importante que haja igualdade de oportunidades e redução de desigualdades, sobretudo de rendimentos e de acesso ao emprego, por parte dos cidadãos.
As manifestações populares de 5 de Fevereiro de 2008 e de 1 e 2 de Setembro do ano passado são exemplos elucidativos da ausência de crescimento inclusivo no nosso país, e sugere-se que, para solucionar o problema, é preciso “implementar redes de protecção social sustentáveis e bem dirigidas e, sobretudo, preservar a estabilidade macroeconómica”.
“Na educação, moçambique está a criar confusão”
O economista Roberto Tibana, fazendo menção à importância do sector da educação para o crescimento inclusivo, mostrou-se indignado com o actual estágio da qualidade de ensino no país.
O País
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