Segundo Bispos Católicos de África
Maputo (Canalmoz) - Os Bispos Católicos de África, reunidos recentemente em Roma, capital italiana, no Segundo Sínodo dos Bispos para África, chegaram a conclusões segundo as quais no continente “na maior parte das vezes vivemos situações de uma avidez insaciável de poder e enriquecimento próprio à custa do Povo e dos próprios países por parte dos dirigentes”.
As constatações dos líderes da Igreja Católica estão contidas num documento intitulado “Mensagem dos Bispos Católicos para África”, onde referem que “há sempre um vergonhoso e trágico conluio entre chefes de muitos países na desgraça do povo e dos próprios Estados”.
Falam também da existência de “políticos que traem e vendem as suas nações”, “homens de negócios sujos, coniventes com situações vorazes” e de outros “africanos que vendem e traficam armamento”. Acrescentam que existem agentes locais de algumas organizações que são pagos para difundir ideologias nocivas em que eles mesmo não acreditam.
Na sua mensagem, os Bispos Africanos referem que a consequência negativa de tudo isto “está ai patente a todo o mundo”, nomeadamente a pobreza, miséria e doenças, refugiados, fuga de cérebros, migrações clandestinas, tráfico de seres humanos, derramamento de sangue não raro sob comissão, busca de pastagem fresca, barbaridades contra crianças e indizíveis violências contra mulheres.
Como alguém se pode orgulhar de governar com estas situações?
Mais adiante, os bispos da Igreja Católica questionam nos seguintes termos: “como é que alguém (dirigente) se pode orgulhar de governar em situações acima mencionadas?
“Onde pára o nosso sentimento tradicional africano de vergonha” questionam mais uma vez, afirmando que o Sínodo proclama claramente, alto e bom som que “é tempo de mudar de atitudes para o bem da geração presente e futura”.
Na forte convicção dos dirigentes católicos africanos, África não está abandonada ao fracasso, dado que “o nosso destino continua a estar nas nossas mãos”.
“África apenas pede espaço para respirar e desenvolver”, defendem na mensagem.
O Povo africano não deve desesperar
Apesar das estatísticas internacionais apontarem que os índices de materiais e de desenvolvimento dos países do continente africano estão no fundo da tabela, os bispos dizem que “ainda não existem razões para o desespero total”.
De acordo com os representantes católicos, em África houve actos brutais de injustiças históricas, tais como o tráfico de escravos e o colonialismo cujas consequências negativas ainda se fazem sentir, mas advertem que tal “não deve servir de desculpa para não se fazer nada”.
NEPAD é letra morta
“África deve encarar o desafio de dar às suas crianças um nível mais digno de condições de vida humana”, lê-se no documento em nosso poder, que ao mesmo tempo acrescenta: “infelizmente, na maioria dos países africanos, os programas e documentos mais belos como os da Nova Parceria Para o Desenvolvimento de África (NEPAD) ainda são letra morta”.
Os Bispos dizem estar a notar com tristeza que a situação em muitos países africanos continua vergonhosa.
“Pensámos, em particular, na triste situação da Somália que já começa a afectar os países vizinhos. Também não esquecemos a trágica condição de milhões de pessoas nos Grandes Lagos e, as crises persistentes no norte do Uganda, no sul do Sudão, em Darfur, na Guiné Conacry e noutros lugares”, escrevem os bispos.
Apelos aos governantes
Para os prelados, “os governantes que controlam o poder em África devem assumir a plena responsabilidade das suas acções deploráveis”.
Maputo (Canalmoz) - Os Bispos Católicos de África, reunidos recentemente em Roma, capital italiana, no Segundo Sínodo dos Bispos para África, chegaram a conclusões segundo as quais no continente “na maior parte das vezes vivemos situações de uma avidez insaciável de poder e enriquecimento próprio à custa do Povo e dos próprios países por parte dos dirigentes”.
As constatações dos líderes da Igreja Católica estão contidas num documento intitulado “Mensagem dos Bispos Católicos para África”, onde referem que “há sempre um vergonhoso e trágico conluio entre chefes de muitos países na desgraça do povo e dos próprios Estados”.
Falam também da existência de “políticos que traem e vendem as suas nações”, “homens de negócios sujos, coniventes com situações vorazes” e de outros “africanos que vendem e traficam armamento”. Acrescentam que existem agentes locais de algumas organizações que são pagos para difundir ideologias nocivas em que eles mesmo não acreditam.
Na sua mensagem, os Bispos Africanos referem que a consequência negativa de tudo isto “está ai patente a todo o mundo”, nomeadamente a pobreza, miséria e doenças, refugiados, fuga de cérebros, migrações clandestinas, tráfico de seres humanos, derramamento de sangue não raro sob comissão, busca de pastagem fresca, barbaridades contra crianças e indizíveis violências contra mulheres.
Como alguém se pode orgulhar de governar com estas situações?
Mais adiante, os bispos da Igreja Católica questionam nos seguintes termos: “como é que alguém (dirigente) se pode orgulhar de governar em situações acima mencionadas?
“Onde pára o nosso sentimento tradicional africano de vergonha” questionam mais uma vez, afirmando que o Sínodo proclama claramente, alto e bom som que “é tempo de mudar de atitudes para o bem da geração presente e futura”.
Na forte convicção dos dirigentes católicos africanos, África não está abandonada ao fracasso, dado que “o nosso destino continua a estar nas nossas mãos”.
“África apenas pede espaço para respirar e desenvolver”, defendem na mensagem.
O Povo africano não deve desesperar
Apesar das estatísticas internacionais apontarem que os índices de materiais e de desenvolvimento dos países do continente africano estão no fundo da tabela, os bispos dizem que “ainda não existem razões para o desespero total”.
De acordo com os representantes católicos, em África houve actos brutais de injustiças históricas, tais como o tráfico de escravos e o colonialismo cujas consequências negativas ainda se fazem sentir, mas advertem que tal “não deve servir de desculpa para não se fazer nada”.
NEPAD é letra morta
“África deve encarar o desafio de dar às suas crianças um nível mais digno de condições de vida humana”, lê-se no documento em nosso poder, que ao mesmo tempo acrescenta: “infelizmente, na maioria dos países africanos, os programas e documentos mais belos como os da Nova Parceria Para o Desenvolvimento de África (NEPAD) ainda são letra morta”.
Os Bispos dizem estar a notar com tristeza que a situação em muitos países africanos continua vergonhosa.
“Pensámos, em particular, na triste situação da Somália que já começa a afectar os países vizinhos. Também não esquecemos a trágica condição de milhões de pessoas nos Grandes Lagos e, as crises persistentes no norte do Uganda, no sul do Sudão, em Darfur, na Guiné Conacry e noutros lugares”, escrevem os bispos.
Apelos aos governantes
Para os prelados, “os governantes que controlam o poder em África devem assumir a plena responsabilidade das suas acções deploráveis”.
(Eliseu Carlos, CANALMOZ, 7/12/09)
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