Thursday 13 March 2014

MAPUTO COM NOVA REALIDADE DE TRANSPORTE PÚBLICO ATÉ FINAIS DE 2016

Maputo, 12 Mar (AIM) – O transporte público urbano de passageiros na cidade de Maputo, capital moçambicana, deverá registar uma maior mobilidade graças a introdução, nos próximos dois anos do “Bus Rapid Transit” (BRT) ou simplesmente Corredor Exclusivo para Transporte, que funcionará em duas linhas concebidas para o efeito.
As duas linhas do BRT partirão da Baixa da Cidade, na área da Estação Central dos Caminhos de Ferro (CFM). A primeira, designada por “Linha Um”, está avaliada em 220 milhões de dólares norte-americanos e vai até ao bairro Magoanine, atravessando as avenidas Guerra Popular, Acordos de Lusaka, FPLM, Julius Nyerere até ao destino final.
A segunda (Linha Dois), orçada em 100 milhões de dólares, parte da Baixa da cidade, atravessa a Brigada e percorre a avenida de Moçambique até chegar ao bairro Zimpeto.
Para o efeito, será criada, ao longo das avenidas contempladas, uma faixa onde passarão a circular unicamente os autocarros que farão a provisão do transporte público de passageiros no quadro do corredor exclusivo para transporte.
Na Linha Um (Baixa/Magoanine) a provisão do transporte público será assegurado por um total de 78 autocarros articulados, com capacidade para 160 lugares, enquanto na segunda estarão a operar 120 autocarros.
A nova realidade foi divulgada no seminário de apresentação do Plano Director de Transporte Urbano para a Região do Grande Maputo havido hoje em Maputo, em que estiveram quadros do Conselho Municipal e os representantes da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) que, durante dois anos, estiveram envolvidos no estudo de viabilidade.
Segundo João Matlombe, vereador do pelouro dos transportes no Conselho Municipal, a nova realidade vai resolver, nas duas linhas, um problema que cerca de 1000 carros de 15 assentos provaram ser incapazes de dar vasão, até porque a duração da viagem reduzirá de cerca de duas horas para 35 a 40 minutos, dependendo da carreira (expresso ou normal).
O trafego rodoviário vai, nos próximos anos, melhorar bastante mercê da introdução de um sistema de transporte público com qualidade”, disse Matlombe, acrescentando que o projecto vai durar 24 meses.
O projecto, segundo o vereador, e com a conclusão do estudo de viabilidade, há condições que vão desde a existência do valor para a sua execução, compra de autocarros, o depósito para a recolha dos autocarros e uma área de manutenção, que na Linha Um estará no local onde se pretendia construir um cemitério em Magoanine.
No quadro dos terminais, está prevista a edificação de mais três dos quais um estará na Baixa, outra na zona de São Roque (na ligação com a avenida Lurdes Mutola) e o outro no Zimpeto. O projecto tem 29 estações (paragens) e inclui todo o sistema de bilhética electrónica.
Em relação ao BRT na EN1, Matlombe disse tratar-se de uma estrada que foi recentemente reabilitada mas será novamente mexida, por ser esta a melhor solução para poder melhorar o problema em que a urbe se encontra mergulhado.
Todavia, a edilidade identificou uma via alternativa que é a via paralela a Mulauze, que começa da zona da extinta Maquinag até São Roque e a expectativa é que seja construída antes, para aliviar a EN1 e criar condições para que o projecto seja desenvolvido sem grande pressão.
Quando concluídas as duas linhas, os mini-buses de transporte semi-colectivo de passageiros vulgos “Chapas 100” deixarão de levar passageiros à cidade de Maputo, passando a ser alimentadores do BRT, isto é fazer trajectos curtos e deixar que o novo modelo de transporte venha ao centro da cidade, segundo o preconizado no conceito.
O plano director definiu três projectos principais que, nos próximos cinco anos, deverão ser desenvolvidos até 2018, com vista a melhorar e modernizar o sistema de transporte na cidade de Maputo.
A fonte disse, por outro lado, que o BRT tem um impacto social muito grande quanto ao número de famílias a reassentar (150 na primeira) e (400 na segunda) e o desejo da edilidade é também encontrar formas de mitigar esse impacto.
Para o efeito, a edilidade está estudar formas para que o projecto não prejudique as famílias, mas gere vantagens do ponto de vista de desenvolvimento.



(AIM)

1 comment:

Anonymous said...

Já é bom, muito bem pensado governo de moçambique.