Saturday 22 March 2014

Democracia e desenvolvimento em Moçambique: Portugueses dão nota positiva


A DELEGAÇÃO parlamentar Portuguesa, que concluiu ontem a sua visita ao país, mostrou-se confiante nos resultados que a democracia em Moçambique traz para o desenvolvimento económico e social rumo à prosperidade.
Falando ontem em conferência de Imprensa na sede da Assembleia da República (AR), em Maputo, o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas, Sérgio Sousa Pinto, disse que só com o futuro democrático será possível o desenvolvimento e o aproveitamento dos recursos imensos de Moçambique ao serviço do povo moçambicano”
Pinto reconheceu a grandeza que o país ostenta em relação aos recursos minerais, tendo por isso salientado que constitui um desafio para o país colocar os recursos minerais ao dispor dos moçambicanos.
Na Assembleia da República a delegação manteve encontros em separado com as chefias das três bancadas parlamentares, nomeadamente da Frelimo, da Renamo e do MDM.
Segundo a fonte, Moçambique não vai regressar ao passado. A manutenção da democracia exige esforço, ciência e uma “vontade de ferro” de vencer, em diálogo com os outros, os obstáculos por forma a construir, diariamente, uma democracia participativa.
O presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas, do Partido Socialista, disse que Portugal ainda não atingiu a igualdade de género na vida política comparado com o nosso país.
“Nós ainda não conseguimos atingir o nível de participação das mulheres na vida política com a intensidade com que acontece aqui em Moçambique, e também aprendemos com o exemplo”, afirmou.  
Refira-se que 40 por cento dos deputados do Parlamento moçambicano, da actual legislatura, a VII, são mulheres.
Entretanto, a presidente da Comissão de Relações Internacionais, Cooperação e Comunidades da Assembleia da República, Maria Inês, reconheceu ser necessário cooperar com parlamentos de outros países, sobretudo com o de Portugal, com quem Moçambique tem mais de 500 anos de história comum.
Maria Inês sublinhou que os parlamentares portugueses estão avançados em termos de democracia, mas eles também tiveram a oportunidade de aprender alguma experiência nossa.
Moçambique possui 22 anos de um Estado Democrático e de Direito e Portugal tem cerca de 40 anos.
Maria Inês, que é da bancada parlamentar da Renamo, apelou para um maior intercâmbio na formação, particularmente para os deputados moçambicanos, tendo em conta a experiência daquele país europeu.
Durante a sua visita ao país a delegação parlamentar portuguesa, composta por seis deputados, manteve encontros com o primeiro vice-presidente da AR, com a Direcção da Assembleia Provincial de Gaza. Visitou durante a estada na capital o projecto de construção de casas de Intaka, localizado no município da Matola, província de Maputo.
A delegação, que parte hoje para Portugal, manteve encontro com a comunidade portuguesa residente em Maputo.
A visita daquele grupo parlamentar insere-se no estreitamento das relações de amizade e cooperação com os parlamentares moçambicanos.

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