Wednesday 4 December 2013

Namíbia afasta “mau tempo” como causa do despenhamento do voo da LAM

Maputo (Canalmoz) - O director de Acidentes de Aeronaves e Investigação, no Ministério dos Transportes da Namíbia, Erickson Nengola, afasta a hipótese de que o despenhamento do avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) tenha sido causado por mau tempo, caracterizado por chuvas fortes e trovoadas.
Esta foi uma das primeiras hipóteses levantadas por vários órgãos internacionais de comunicação social para tentar explicar as prováveis causas do acidente aéreo que vitimou todos os 33 ocupantes, incluindo seis tripulantes.
Aliás, o ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, teria dito, sexta-feira passada, que as investigações das equipas namibianas teriam sido infrutíferas devido à escuridão e mau tempo.
Citado pela Televisão Namibian Broadcasting Corporation, Nengola explica que, no momento do acidente fatal, as condições climáticas estavam boas e só mudaram ao longo da tarde.
“Durante o período em que o acidente ocorreu, a temperatura era boa. Contudo, às 14h00, começou a chover e estava escuro. E, por isso, a equipa de investigadores fez uma pausa e retomou os trabalhos esta manhã (sábado)”, afirmou Erickson Nengola.
Nengola confirma, neste caso, que, no primeiro dia (sexta-feira) à tarde, a equipa de investigadores não terá tido sucesso porque já havia registo de mudança de temperatura.

Comandante do voo tinha 9053 horas de voo

O comandante do Embraer 190 das Linhas Aéreas de Moçambique, que se despenhou na sexta-feira, tinha 9053 horas de voo, das quais 1.395 ao serviço de aeronaves daquele tipo, indicou a transportadora de bandeira moçambicana.
A administradora-delegada da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Marlene Manave, disse que o comandante do aparelho, cujo nome não divulgou, tinha voado 9.053 horas, das quais 1.395 ao serviço de Embraer.
"A sua licença de piloto aéreo foi renovada a 12 de abril de 2012 e a sua última inspecção médica foi feita no dia 02 de Setembro de 2013", afirmou Marlene Manave.
Segundo a administradora-delegada das LAM, o co-piloto tinha no total 1.408 horas de voo, teve a sua mais recente validação de licença a 8 de Setembro deste ano e última inspecção médica a 28 de Setembro 2013.
Marlene Manave acrescentou que o Embraer 190 e os seus motores tiveram a sua mais recente inspecção no dia 28 de Novembro do ano corrente, tinham uma inspecção de rotina de 14 em 14 dias, após 120 horas de voo, e a revisão do aparelho era feita no Brasil.

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