Os bairros da Malhangalene “B”, com 11 ruas e dois largos renomeados, Malhangalene “A” e Central “C”, com quatro ruas afectadas cada pela substituição das designações são as áreas da cidade mais abrangidas pelo processo, que ainda vai na sua primeira fase.
Nesta primeira etapa a substituição de topónimos abrangeu apenas sete bairros, todos da parte de cimento, sabendo-se que as designações atribuídas na era colonial, terminada com a independência nacional em 1975, também existem nos arredores da urbe.
Outros bairros são Sommerschield, com três vias abrangidas, Alto Maé “B”, com duas, para além de Central “A” e Polana Cimento “B”, onde foi afectada uma rua em cada zona residencial.
Com base na nova toponímia, o nosso Jornal, por exemplo, fica agora localizado na esquina entre a “Joaquim Lapa” e a Rua do Notícias, contrariamente às antigas designações, com base nas quais se localizava no entroncamento da primeira com a Rua Baptista Carvalho. O Maputo Shopping Center, o maior centro comercial da cidade de Maputo, que se localizava na “Marques de Pombal”, situa-se agora na Rua Ngungunhane, tendo acontecido o mesmo à sede do Comité Central da Frelimo, que estava anteriormente posicionada na “Pereira do Lago”, e que fica já na Rua da Frente de Libertação de Moçambique.
Ruas de Tsangano, de Chimoio, de Mocímboa de Praia, Manyikeni, de Chinyamapere e de Cabo Delgado, são algumas novas designações das vias de Malhangalene “B”. Ruas de Luabo, de Báruè, do rio Save, do rio Nilo, de Manica e ainda os largos de Nwadjahane, da Ilha de Moçambique e de Nyazónia completam o conjunto de 14 artérias daquele bairro abrangidos pela substituição de topónimos. Estes novos nomes vêm substituir designações da era colonial, tais como ruas de Vila Real, de Bragança, do Algarve, do Alentejo, de Beja, de Braga, de Viana de Castelo, entre outras zonas de Portugal.
Sabe-se que até meados do ano passado apenas 800 vias de acesso, das cerca de 2700 registadas na cidade de Maputo, é que possuíam denominação. As restantes 1900 eram identificadas por números codificados, facto que se mostra bastante constrangedor para os munícipes, dado que facilmente as confundem
Foi para inverter este cenário que a Assembleia Municipal aprovou um regulamento de atribuição de topónimos em 2006, tendo na sequência do qual sido criada a Comissão de Toponímia, composta por oito membros, para estudar a atribuição de nomes às vias, que podem ser avenidas, ruas, pracetas, travessas e outras.
Para além da substituição dos topónimos herdados do colono decorre um trabalho com vista à alteração da designação dos distritos municipais, que actualmente é feita através de números, facto que poderá ter o seu desfecho ao longo do presente ano.
FONTE: notícias, 21 de Abril de 2009.
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