As negociações políticas entre o Governo e a Renamo atingiram, na segunda-feira, a ronda número 100 e continuam sem nenhum resultado. Nos últimos dias, as partes estão mais empenhadas em declarações que visam desgastar-se uma à outra nas negociações e diante da opinião pública.
Em conferência de imprensa, o chefe da delegação do Governo e ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, desdobrou-se em mais acusações contra a Renamo e o seu presidente, Afonso Dhlakama, por alegadamente estarem a violar o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares assinado em Setembro de 2014.
Pacheco disse que os confrontos registados na semana passada no Guijá, na província de Gaza, foram o culminar da violação do Acordo, que Afonso Dhlakama tem estado a liderar nos seus discursos.
Por outro lado, José Pacheco acusou a Renamo de pretender instalar um quartel-general em Muxúnguè, o que, segundo Pacheco, pode inserir-se na concretização das ameaças de Afonso Dhlakama de accionar um plano “B”, caso a sua proposta de lei sobre as autarquias provinciais, submetida a discussão na Assembleia da República, seja reprovada pela Frelimo.
Em conferência de imprensa, o chefe da delegação do Governo e ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, desdobrou-se em mais acusações contra a Renamo e o seu presidente, Afonso Dhlakama, por alegadamente estarem a violar o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares assinado em Setembro de 2014.
Pacheco disse que os confrontos registados na semana passada no Guijá, na província de Gaza, foram o culminar da violação do Acordo, que Afonso Dhlakama tem estado a liderar nos seus discursos.
Por outro lado, José Pacheco acusou a Renamo de pretender instalar um quartel-general em Muxúnguè, o que, segundo Pacheco, pode inserir-se na concretização das ameaças de Afonso Dhlakama de accionar um plano “B”, caso a sua proposta de lei sobre as autarquias provinciais, submetida a discussão na Assembleia da República, seja reprovada pela Frelimo.
Pacheco quer ser porta-voz da Renamo
Reagindo às acusações do chefe da delegação do Governo, o deputado Saimone Macuiana e chefe da delegação da Renamo acusou o ministro de estar a ambicionar ser porta-voz da Renamo.
“As declarações do ministro Pacheco são da sua inteira responsabilidade, sobretudo quando o Governo não quer traduzir as coisas como nós, a Renamo, dissemos”, afirmou Saimone Macuiana, e acrescentou: “O chefe da delegação do Governo, quando acaba com os argumentos nos debates em cima da mesa, sai para o ataque em busca de questões marginais a que nós não podemos responder, porque não fazem parte da agenda deste diálogo”.
A Renamo explicou que o que tem estado a exigir é umas Forças Armadas republicanas, onde todos são tratados por igual.
“Perguntem ao Governo qual é o problema de trabalhar com os oficiais provenientes da Renamo em 1992, e que estão lá nos quartéis, alguns sem nomeação do Tribunal Administrativo”.
Sobre o incidente no Guijá, Saimone Macuiana disse que a Renamo nunca violou o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, muito menos alguma vez respondeu às provocações das Forças Armadas do Governo.
Desafiou o Governo a aceitar a proposta da Renamo sobre a criação de uma comissão que inclua os peritos militares de ambos os lados e da EMOCHM, para averiguar o que aconteceu no Guijá.
Lembrou que, desde a assinatura do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, nunca houve um trabalho de elaborar o mapa sobre onde estão as tropas do Governo e da Renamo.
“Quando foi assinado o Acordo, não houve nenhum trabalho visando o mapeamento das zonas onde estão os homens residuais da Renamo e as forças do Governo. Significa que, se na mesa chegarmos ao consenso sobre a implementação do Acordo, havemos de esboçar o mapa de todas as regiões onde estão as tropas, com vista ao seu recenseamento e posterior integração e reinserção.”
(Bernardo Álvaro, Canalmoz)
“As declarações do ministro Pacheco são da sua inteira responsabilidade, sobretudo quando o Governo não quer traduzir as coisas como nós, a Renamo, dissemos”, afirmou Saimone Macuiana, e acrescentou: “O chefe da delegação do Governo, quando acaba com os argumentos nos debates em cima da mesa, sai para o ataque em busca de questões marginais a que nós não podemos responder, porque não fazem parte da agenda deste diálogo”.
A Renamo explicou que o que tem estado a exigir é umas Forças Armadas republicanas, onde todos são tratados por igual.
“Perguntem ao Governo qual é o problema de trabalhar com os oficiais provenientes da Renamo em 1992, e que estão lá nos quartéis, alguns sem nomeação do Tribunal Administrativo”.
Sobre o incidente no Guijá, Saimone Macuiana disse que a Renamo nunca violou o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, muito menos alguma vez respondeu às provocações das Forças Armadas do Governo.
Desafiou o Governo a aceitar a proposta da Renamo sobre a criação de uma comissão que inclua os peritos militares de ambos os lados e da EMOCHM, para averiguar o que aconteceu no Guijá.
Lembrou que, desde a assinatura do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, nunca houve um trabalho de elaborar o mapa sobre onde estão as tropas do Governo e da Renamo.
“Quando foi assinado o Acordo, não houve nenhum trabalho visando o mapeamento das zonas onde estão os homens residuais da Renamo e as forças do Governo. Significa que, se na mesa chegarmos ao consenso sobre a implementação do Acordo, havemos de esboçar o mapa de todas as regiões onde estão as tropas, com vista ao seu recenseamento e posterior integração e reinserção.”
(Bernardo Álvaro, Canalmoz)
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