Caça furtiva
A acção dos caçadores furtivos no distrito de Massingir é de tal forma forte que eliminou por completo espécies como o rinoceronte, vítima do seu corno, bastante caro no mercado internacional. Fala-se de cerca de 60 mil dólares o quilograma deste “produto”, que é usado sobretudo na Ásia para a cura de algumas doenças, caso de alguns tipos de cancro.
“A última vez que entraram dois rinocerontes no Parque do Limpopo, vindos do Kruger, foi há dois, três anos, e só sobreviveram dois dias. Quando seguimos as suas pegadas no terceiro dia, já tinham sido mortos”, relatou um sul-africano que trabalha como assessor no Parque Nacional do Limpopo (PNL), que não quis ser identificado.
É um cenário desolador que se vive naquele ponto da província de Gaza. Na inexistência do que mais procuram, os caçadores furtivos fazem as suas incursões, actualmente, no Kruger Park, que fica a pouco mais de 50 km da vila-sede de Massingir. “Os sul-africanos matam”, advertiu Alberto Libombo, administrador de Massingir, que lembra que a polícia daquele país não tolera qualquer movimentação associada à caça furtiva.
De acordo com a fonte governamental, só em 2013, 13 moçambicanos foram mortos naquele país, e em 2014 o número fixou-se em sete. mas há quem diga que a realidade é bem pior do que a que as autoridades dão a conhecer.
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