O presidente tswana, Ian Khama, exige uma maior democracia em África e condena os líderes que, a todo o custo, teimam em permanecer no poder, uma situação que acaba por manchar a imagem do continente junto da comunidade internacional.
Na quinta-feira, Khama iniciou uma visita de estado de três dias a Moçambique, que tem como objectivo de reforçar os níveis de cooperação entre os dois países. Na tarde do mesmo dia, ambos os governos rubricaram 10 memorandos de entendimento, com destaque para a área socio-económica.
“O Botswana está profundamente preocupado com as mudanças inconstitucionais de governo que ainda ocorrem no nosso continente, a semelhança do Madagáscar, e que mancham a imagem de África na comunidade internacional”, disse Khama, falando na noite de quinta-feira, durante um banquete oferecido pelo seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza.
Segundo Khama, o Botswana já condenou publicamente estes desenvolvimentos e está decidido a tomar as medidas necessárias para desencorajar esta tendência.
Por seu turno, disse Khama, a União Africana (UA) e com a comunidade internacional têm a responsabilidade colectiva de enfrentar estes desafios, bem como desencorajar aqueles que teimam em se manter no poder durante várias décadas, quer seja através de processos eleitorais corruptos para favorecer o incumbente ou de outros casos em que não existe nenhuma tentativa de se formar um processo eleitoral.
Khama também teceu duras críticas contra o governo líbio que, segundo as suas palavras, “embarcou numa campanha brutal para matar os manifestantes e opositores de forma a assegurar a sua permanência no poder”.
Para o estadista tswana, em tais casos a decisão mais correcta seria a mudança de governo, e de conduzir os prevaricadores ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Por isso, disse Khama, “é o meu desejo que o Botswana e Moçambique venham a cooperar nestes casos e assegurar que, sobretudo a nossa região, nunca seja palco deste tipo de situações que eu já mencionei”.
No caso concreto de Moçambique, Ian Khama congratulou o governo pela adopção de políticas económicas prudentes durante os últimos anos e também durante o mandato do presidente incumbente, Armando Guebuza, e que “fizeram de Moçambique um exemplo de uma transição de sucesso de um conflito armado para a paz, democracia e desenvolvimento”.
Sobre a região da África Austral, Khama afirma que a mesma está a atravessar uma série de desafios políticos, que poderão ser ultrapassados através de esforços concertados e colectivos.
Para Khama, a observância de princípios democráticos poderão ajudar a fortificar a Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), na qual ambos os países são Estados membro.
O antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano, também mereceu uma menção honrosa do estadista tswana, por estar a desempenhar um papel importante na liderança dos esforços de mediação na busca de uma solução pacífica e duradoira para o conflito malgaxe.
“É meu grande desejo que estes esforços sejam coroados de sucesso”, disse.
Khama conclui o seu discurso desejando o sucesso de Moçambique na organização dos Jogos Africanos de Maputo de 2011, a maior festa desportiva do continente africano, a ter lugar entre 3 e 18 de Setembro próximo.
(RM/AIM)
Na quinta-feira, Khama iniciou uma visita de estado de três dias a Moçambique, que tem como objectivo de reforçar os níveis de cooperação entre os dois países. Na tarde do mesmo dia, ambos os governos rubricaram 10 memorandos de entendimento, com destaque para a área socio-económica.
“O Botswana está profundamente preocupado com as mudanças inconstitucionais de governo que ainda ocorrem no nosso continente, a semelhança do Madagáscar, e que mancham a imagem de África na comunidade internacional”, disse Khama, falando na noite de quinta-feira, durante um banquete oferecido pelo seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza.
Segundo Khama, o Botswana já condenou publicamente estes desenvolvimentos e está decidido a tomar as medidas necessárias para desencorajar esta tendência.
Por seu turno, disse Khama, a União Africana (UA) e com a comunidade internacional têm a responsabilidade colectiva de enfrentar estes desafios, bem como desencorajar aqueles que teimam em se manter no poder durante várias décadas, quer seja através de processos eleitorais corruptos para favorecer o incumbente ou de outros casos em que não existe nenhuma tentativa de se formar um processo eleitoral.
Khama também teceu duras críticas contra o governo líbio que, segundo as suas palavras, “embarcou numa campanha brutal para matar os manifestantes e opositores de forma a assegurar a sua permanência no poder”.
Para o estadista tswana, em tais casos a decisão mais correcta seria a mudança de governo, e de conduzir os prevaricadores ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Por isso, disse Khama, “é o meu desejo que o Botswana e Moçambique venham a cooperar nestes casos e assegurar que, sobretudo a nossa região, nunca seja palco deste tipo de situações que eu já mencionei”.
No caso concreto de Moçambique, Ian Khama congratulou o governo pela adopção de políticas económicas prudentes durante os últimos anos e também durante o mandato do presidente incumbente, Armando Guebuza, e que “fizeram de Moçambique um exemplo de uma transição de sucesso de um conflito armado para a paz, democracia e desenvolvimento”.
Sobre a região da África Austral, Khama afirma que a mesma está a atravessar uma série de desafios políticos, que poderão ser ultrapassados através de esforços concertados e colectivos.
Para Khama, a observância de princípios democráticos poderão ajudar a fortificar a Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), na qual ambos os países são Estados membro.
O antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano, também mereceu uma menção honrosa do estadista tswana, por estar a desempenhar um papel importante na liderança dos esforços de mediação na busca de uma solução pacífica e duradoira para o conflito malgaxe.
“É meu grande desejo que estes esforços sejam coroados de sucesso”, disse.
Khama conclui o seu discurso desejando o sucesso de Moçambique na organização dos Jogos Africanos de Maputo de 2011, a maior festa desportiva do continente africano, a ter lugar entre 3 e 18 de Setembro próximo.
(RM/AIM)
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