Monday 18 July 2011

Caso o governo aceite a proposta dos italianos: Maputo terá metro em 2013


AS primeiras carreiras de metro de superfície e eléctricos, ligando Maputo, Matola e o distrito de Marracuene poderão ser feitas a partir dos finais 2013, caso o Governo valide o estudo de viabilidade apresentado sábado, por uma firma italiana na capital.

Maputo, Segunda-Feira, 18 de Julho de 2011:: Notícias


O estudo prevê a construção e operacionalização de uma rede de metros e eléctricos, bem como a instalação de um sistema intermodal de transporte, que incluirá autocarros, viaturas pessoais e parques de estacionamento nos pontos de tomada e/ou largada de cada um dos meios.
De acordo com o estudo que vinha sendo elaborado desde Março pela SALCEF, o sistema completa-se em 2026. Mas já na primeira fase, uma rede básica de metros e eléctricos ligando várias zonas dos municípios da Matola e Maputo, bem como o distrito de Marracuene estará, activa em 2016.
Até 2026, toda a malha nas três áreas estaria operacional, sendo que nessa fase, os utentes já passariam a dispor de parques de estacionamento, nos quais deixariam as suas viaturas particulares e tomar um metro e/ou eléctrico para qualquer ponto da Matola, Maputo e Marracuene.
O estudo foi elaborado com base nos projectos dos dois municípios e nos dados actuais e previsões de escoamento de carga e passageiros ao longo das linhas férreas existentes, considerando que se pretende usar as mesmas infra-estruturas e construir outras apenas para reforçar e adequar ao novo cenário.
O Governo, na ocasião representado pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, congratulou a apresentação e garantiu pronunciar-se dali a uma semana.
No concreto, o Executivo precisa dizer se o estudo de viabilidade da SALCEF responde ou não às necessidades da Matola, Maputo e Marracuene, no que tange ao transporte de passageiros, de modo a que as partes voltem à mesa já para analisar todas as questões financeiras deste sonho.
Entretanto, para a primeira fase, a firma italiana estima que sejam necessários cerca de 955 milhões de dólares norte-americanos, dos quais 40 porcento será usado na aquisição de material rolante, sistemas de gestão do tráfego e de segurança das operações, considerando que várias composições transitarão pelas mesmas linhas.
Os custos são apontados como baixos, comparativamente ao que seria necessário numa zona do país sem as actuais infra-estruturas ferroviárias existentes no raio da Matola, Maputo e Marracuene.
Das simulações feitas, até 2050 um utente que queira viajar para diversos pontos de Matola, Maputo e Marracuene pagaria apenas 50 meticais por um bilhete único.

José Chissano

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