Associações patronais e organizações da indústria e agropecuária sul-africanas representando empresários de todas as raças insurgiram-se contra os planos da Liga da Juventude do partido no poder de nacionalizar sectores da economia e expropriar terras na posse de brancos.
A AgriSA e a União dos Agricultores do Transvaal (TAU) lançaram um “sério aviso” ao Governo para as graves implicações para a segurança alimentar do país e para a confiança dos investidores que podem ter as ameaças do presidente da Liga da Juventude do ANC, Julius Malema, de levar o Governo a expropriar explorações agrícolas sem indemnização (Cm N 3598, págs 1 e 2).
Também a Associação dos Agricultores Africanos da África do Sul (AFASA), que representa os fazendeiros comerciais emergentes de raça negra, veio a público distanciar-se dos planos revolucionários de Malema, esclarecendo que pretende trabalhar em cooperação com o Governo e com as associações tradicionais brancas do sector no sentido de criar segurança alimentar e postos de trabalho na agropecuária.
“Estamos a tentar encontrar uma via para o futuro. Uma voz única e comum dos fazendeiros brancos e negros. Queremos falar com o Governo a uma única voz e com uma linguagem comum”, referiu, esta terça-feira, à agência de notícias SAPA, Mike Mlengana, o presidente da AFASA.
Mlengana esclareceu que “tal linguagem se centra na viabilidade comercial da produção agrícola na África do Sul, de forma a que possamos ser eficientes internamente e competitivos globalmente”.
“Apoiamos a sustentabilidade da economia, não a sua destruição”, concluiu o presidente da organização de agricultores emergentes. Por seu turno, o presidente da AgriSA, Theo de Jager, admitiu que a reforma agrária não produziu, nos primeiros 17 anos de governos democraticamente eleitos, os resultados desejáveis, mas culpou os governos pelo seu fracasso.
“É verdade que a reforma não funcionou, nem para os beneficiários, nem para os agricultores, nem para o Governo, mas ninguém tem a coragem de dizer que o culpado tem sido a forma deficiente como o departamento das questões da terra a tem implementado”, disse De Jager.
Para este porta-voz dos agricultores comerciais, não é o princípio do “acordo entre vendedor e comprador” que tem falhado, como garante a Liga da Juventude, mas a circunstância de os acordos serem negociados por “jovens totalmente incapazes e inexperientes”.
De Jagger exorta o Estado a lidar primeiro com os 30 porcento das terras do país que são sua propriedade em vez de apontar baterias para um sector que cria emprego e riqueza.
A associação empresarial Business Unity South Africa (BUSA), que resulta da fusão entre associações empresariais previamente brancas e negras, reagiu igualmente às declarações de Julius Malema durante a conferência da Liga da Juventude do partido no poder, considerando-as “uma ameaça à atracção de investimentos”.
“O actual tom do debate público em torno das nacionalizações de bancos, terras e indústria mineira enfraquece a capacidade sul-africana de atrair o investimento directo, quer doméstico quer internacional, requerido para o crescimento da economia”, refere a BUSA em comunicado esta terça-feira emitido em Joanesburgo.
No fim-de-semana, o reeleito líder da Juventude do ANC exortou o partido no poder a rever as suas políticas, apoiando insistentemente a nacionalização dos bancos e das empresas mineiras, bem como as expropriações das terras agrícolas em poder dos brancos.
Correio da Manhã/ A Verdade
A AgriSA e a União dos Agricultores do Transvaal (TAU) lançaram um “sério aviso” ao Governo para as graves implicações para a segurança alimentar do país e para a confiança dos investidores que podem ter as ameaças do presidente da Liga da Juventude do ANC, Julius Malema, de levar o Governo a expropriar explorações agrícolas sem indemnização (Cm N 3598, págs 1 e 2).
Também a Associação dos Agricultores Africanos da África do Sul (AFASA), que representa os fazendeiros comerciais emergentes de raça negra, veio a público distanciar-se dos planos revolucionários de Malema, esclarecendo que pretende trabalhar em cooperação com o Governo e com as associações tradicionais brancas do sector no sentido de criar segurança alimentar e postos de trabalho na agropecuária.
“Estamos a tentar encontrar uma via para o futuro. Uma voz única e comum dos fazendeiros brancos e negros. Queremos falar com o Governo a uma única voz e com uma linguagem comum”, referiu, esta terça-feira, à agência de notícias SAPA, Mike Mlengana, o presidente da AFASA.
Mlengana esclareceu que “tal linguagem se centra na viabilidade comercial da produção agrícola na África do Sul, de forma a que possamos ser eficientes internamente e competitivos globalmente”.
“Apoiamos a sustentabilidade da economia, não a sua destruição”, concluiu o presidente da organização de agricultores emergentes. Por seu turno, o presidente da AgriSA, Theo de Jager, admitiu que a reforma agrária não produziu, nos primeiros 17 anos de governos democraticamente eleitos, os resultados desejáveis, mas culpou os governos pelo seu fracasso.
“É verdade que a reforma não funcionou, nem para os beneficiários, nem para os agricultores, nem para o Governo, mas ninguém tem a coragem de dizer que o culpado tem sido a forma deficiente como o departamento das questões da terra a tem implementado”, disse De Jager.
Para este porta-voz dos agricultores comerciais, não é o princípio do “acordo entre vendedor e comprador” que tem falhado, como garante a Liga da Juventude, mas a circunstância de os acordos serem negociados por “jovens totalmente incapazes e inexperientes”.
De Jagger exorta o Estado a lidar primeiro com os 30 porcento das terras do país que são sua propriedade em vez de apontar baterias para um sector que cria emprego e riqueza.
A associação empresarial Business Unity South Africa (BUSA), que resulta da fusão entre associações empresariais previamente brancas e negras, reagiu igualmente às declarações de Julius Malema durante a conferência da Liga da Juventude do partido no poder, considerando-as “uma ameaça à atracção de investimentos”.
“O actual tom do debate público em torno das nacionalizações de bancos, terras e indústria mineira enfraquece a capacidade sul-africana de atrair o investimento directo, quer doméstico quer internacional, requerido para o crescimento da economia”, refere a BUSA em comunicado esta terça-feira emitido em Joanesburgo.
No fim-de-semana, o reeleito líder da Juventude do ANC exortou o partido no poder a rever as suas políticas, apoiando insistentemente a nacionalização dos bancos e das empresas mineiras, bem como as expropriações das terras agrícolas em poder dos brancos.
Correio da Manhã/ A Verdade
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