A bancada do partido Frelimo, na Assembleia Municipal da Beira, cometeu um erro grave ao aprovar uma resolução que invalida a atribuição do nome de André Matsangaissa à rotunda Munhava. Em 2008, a bancada da Renamo, na Assembleia Municipal, decidiu dar aquele nome à rotunda. Como a Frelimo era minoritária não conseguiu impedir, remetendo o caso ao Tribunal Administrativo.
Até agora, a Frelimo aguarda pela decisão. Neste mandato, a Frelimo é maioritária, por isso esqueceu-se de aguardar pela decisão do tribunal para quem havia confiado a capacidade de dirimir o litígio. Isso é oportunismo, a arma dos fracos.
Nenhum partido é eterno poder. A Frelimo, um dia, vai deixar o poder e passará para oposição ou perderá a sua relevância política.Será mau que as novas autoridades extingam símbolos implantados pela Frelimo. Mandar limpar nomes das praças, pracetas, jardins, rotundas, ruas e avenidas e escolas, alegando que esses nomes nada dizem ao povo. Há heróis proclamados pela Frelimo, mas só ela sabe as razões. A heroicidade de alguns é posta em causa. Os heróis da Frelimo podem não ser de outras sensibilidades políticas. Ninguém é depositária da verdade absoluta.
Eduardo Mondlane, Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza bateram-se pela Independência Nacional. Samora Machel introduziu a pena de morte no País. Armando Guebuza conduziu a “ Operação Produção “.
O País derrapou. Cercearam as liberdades fundamentais que faltavam à Independência e esta ficou como um alimento sem sal.
A luta de de Matsangaissa e Afonso Dhlakama trouxe a liberdade, embora este último tivesse fraquejado e traído o sonho de milhões de moçambicanos.
O Partido Comunista da União Soviética, vanguardista e dominante, hoje ninguém fala dele. Os partidos comunistas do bloco socialista desertaram da cena política.
O ditador Joseph Stalin matou e desterrou milhares de soviéticos. Quando Mikhail Gorbatchov chegou ao poder reabilitou muitos deles. Alexander Soljnetsine, falecido em 2008, foi um exemplo dessa lucidez política e histórica que falta aos nossos politicos.
A desastrosa revolução cultural da China de Mao Tse Tung tem vários exemplos de cidadãos vítimas do regime que as novas autoridades reabilitaram.
Na África do Sul persistem símbolos históricos do tempo do apartheid.
O ANC, partido no poder, não correu para deitar abaixo estátuas e outros símbolos erguidos durante a dominação do Partido Nacional.
Em Moçambique, a Frelimo mandou gruas para deitarem abaixo estátuas e símbolos coloniais. Hoje, tais medidas são questionáveis. Outros povos conservam a sua história. Não se envergonham ou escondem dela.
As novas gerações devem saber que Moçambique já foi colónia para, no futuro, aprenderem como se defender.
A colonização faz parte da História de Moçambique. O portuguêes com que nos comunicamos é o símbolo mais visível do colonialismo, no entanto, acolhemo-la, com orgulho, como nossa lingual de unidade nacional.
Até agora, a Frelimo aguarda pela decisão. Neste mandato, a Frelimo é maioritária, por isso esqueceu-se de aguardar pela decisão do tribunal para quem havia confiado a capacidade de dirimir o litígio. Isso é oportunismo, a arma dos fracos.
Nenhum partido é eterno poder. A Frelimo, um dia, vai deixar o poder e passará para oposição ou perderá a sua relevância política.Será mau que as novas autoridades extingam símbolos implantados pela Frelimo. Mandar limpar nomes das praças, pracetas, jardins, rotundas, ruas e avenidas e escolas, alegando que esses nomes nada dizem ao povo. Há heróis proclamados pela Frelimo, mas só ela sabe as razões. A heroicidade de alguns é posta em causa. Os heróis da Frelimo podem não ser de outras sensibilidades políticas. Ninguém é depositária da verdade absoluta.
Eduardo Mondlane, Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza bateram-se pela Independência Nacional. Samora Machel introduziu a pena de morte no País. Armando Guebuza conduziu a “ Operação Produção “.
O País derrapou. Cercearam as liberdades fundamentais que faltavam à Independência e esta ficou como um alimento sem sal.
A luta de de Matsangaissa e Afonso Dhlakama trouxe a liberdade, embora este último tivesse fraquejado e traído o sonho de milhões de moçambicanos.
O Partido Comunista da União Soviética, vanguardista e dominante, hoje ninguém fala dele. Os partidos comunistas do bloco socialista desertaram da cena política.
O ditador Joseph Stalin matou e desterrou milhares de soviéticos. Quando Mikhail Gorbatchov chegou ao poder reabilitou muitos deles. Alexander Soljnetsine, falecido em 2008, foi um exemplo dessa lucidez política e histórica que falta aos nossos politicos.
A desastrosa revolução cultural da China de Mao Tse Tung tem vários exemplos de cidadãos vítimas do regime que as novas autoridades reabilitaram.
Na África do Sul persistem símbolos históricos do tempo do apartheid.
O ANC, partido no poder, não correu para deitar abaixo estátuas e outros símbolos erguidos durante a dominação do Partido Nacional.
Em Moçambique, a Frelimo mandou gruas para deitarem abaixo estátuas e símbolos coloniais. Hoje, tais medidas são questionáveis. Outros povos conservam a sua história. Não se envergonham ou escondem dela.
As novas gerações devem saber que Moçambique já foi colónia para, no futuro, aprenderem como se defender.
A colonização faz parte da História de Moçambique. O portuguêes com que nos comunicamos é o símbolo mais visível do colonialismo, no entanto, acolhemo-la, com orgulho, como nossa lingual de unidade nacional.
( Edwin Hounnou, Zambeze, 25/06/09 )
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