Wednesday 29 July 2009

Escolta

Entretanto, não passou despercebido que a delegação da Frelimo, tenha ido depositar a candidatura na CNE escoltada por duas motorizadas da Polícia de Trânsito, e uma coluna de viaturas; pode se dizer que a escolta era em protecção a Verónica Macamo que é primeira-vice presidente da Assembleia da República, mas naquele momento ela não estava ao serviço da Assembleia da República, confirmando-se desse modo a confusão que ainda persiste entre o que é Partido e o que é Estado, ficando assim demonstradas as diferenças de oportunidade a partir de agora, sem a possibilidade do órgão que arbitra as eleições dizer que não viu, embora agir contra isso não esteja no âmbito das suas competências.
Verónica Macamo, embora estivesse em missão do seu partido e não estando ao serviço do Estado, demonstrou daquela forma que o dinheiro do Estado está a financiar uma candidatura, como ontem ficou inequivocamente provado. Estava a cumprir uma missão do seu partido mas mesmo assim não abdicou de usar meios do Estado. Será que a Frelimo foi quem pagou o combustível dos veículos usados para a escolta? E de quem são os veículos usados, são também da Frelimo? E o ordenado dos agentes da Polícia, quem os paga? Vem da contribuição dos membros do partido, ou dos impostos de todos os moçambicanos, frelimistas e não frelimistas? Eram perguntas que se faziam no local.


(Borges Nhamirre, Canalmoz, 29/07/09)

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