O entendimento sobre a natureza do conflito que houve em Moçambique – que o relatório denomina “guerra civil” - e a natureza da posse de terra foram os grandes pontos de discórdia na discussão sobre o relatório apresentado ontem por Moçambique, na XIII Cimeira do Fórum do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP), em Sirte, na Líbia.
Segundo Graça Machel, que dirigia em representação do presidente do painel de personalidades eminentes do MARP, Adebayo Adedeji, da Nigéria, não houve guerra civil em Moçambique, “houve uma guerra de agressão e está claramente documentada. até os próprios mentores daquilo que foi o tal movimento de resistência (...) explicam por que criaram aquele movimento(...). Numa fase posterior, o conflito generalizou-se e tomou a cara de ser de moçambicanos. Portanto, na sua origem, nunca foi uma guerra civil. Foi uma distorção daquilo que é um facto histórico.”
Quanto ao segundo ponto de discórdia, Graça Machel explica que “o painel pode registar diferentes formas de propriedade de terra, mas é deliberação exclusiva e soberana do país optar pelo regime que quiser. Portanto, nós não temos o direito de dizer que o facto de Moçambique ter a terra como pertença do Estado é uma limitação ao desenvolvimento, não está correcto.”
Entretanto, o relatório apenas sofre alterações condizentes a erros factuais. as suas conclusões continuarão no documento, sendo que a contestação ou a visão de Moçambique sobre este e outros pontos, feita pelo Presidente da República, armando Guebuza, vão constar, integralmente, do relatório final a ser publicado nos próximos três meses, na versão portuguesa, inglesa e francesa.
( O País, 02/07/09 )
Segundo Graça Machel, que dirigia em representação do presidente do painel de personalidades eminentes do MARP, Adebayo Adedeji, da Nigéria, não houve guerra civil em Moçambique, “houve uma guerra de agressão e está claramente documentada. até os próprios mentores daquilo que foi o tal movimento de resistência (...) explicam por que criaram aquele movimento(...). Numa fase posterior, o conflito generalizou-se e tomou a cara de ser de moçambicanos. Portanto, na sua origem, nunca foi uma guerra civil. Foi uma distorção daquilo que é um facto histórico.”
Quanto ao segundo ponto de discórdia, Graça Machel explica que “o painel pode registar diferentes formas de propriedade de terra, mas é deliberação exclusiva e soberana do país optar pelo regime que quiser. Portanto, nós não temos o direito de dizer que o facto de Moçambique ter a terra como pertença do Estado é uma limitação ao desenvolvimento, não está correcto.”
Entretanto, o relatório apenas sofre alterações condizentes a erros factuais. as suas conclusões continuarão no documento, sendo que a contestação ou a visão de Moçambique sobre este e outros pontos, feita pelo Presidente da República, armando Guebuza, vão constar, integralmente, do relatório final a ser publicado nos próximos três meses, na versão portuguesa, inglesa e francesa.
( O País, 02/07/09 )
NOTA : Fico desapontado ao constatar que certas personalidades frelimistas continuam a insistir na tese da mão externa para explicarem a guerra civil que teve lugar em Moçambique. Graça Machel erra e distorce factos históricos ao afirmar que na sua origem não foi uma guerra civil. A guerra civil teve origem no legítimo desejo de liberdade e democracia, embora tivesse apoios externos, como a Frelimo teve na luta de libertação.
Quanto ao problema da terra, todos sabemos dos atropelos e abusos cometidos!
Quanto ao problema da terra, todos sabemos dos atropelos e abusos cometidos!
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