Trata-se de Alexandre Júnior (Alex), indivíduo que logo a seguir a independência em Moçambique conviveu bastante com a elite política da Frelimo
O antigo assessor de marketing e imagem de Daviz Simango, presidente do Município da Beira e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), perdeu a vida semana passada (23 de Outubro) em Cascais, Portugal, vítima de doença.
Trata-se de Alexandre Júnior (Alex), 57 anos de idade, nacionalidade portuguesa, uma figura bastante conhecida na cidade da Beira, tendo tornado polémica quando foi expulso do país em 2009 por não possuir autorização para fixar residência em solo pátrio.
O seu funeral foi na passada quinta-feira (27 de Outubro) em Trajouce- Cascais, região de Lisboa, a capital portuguesa.
Muitos cidadãos que o conheceram sobretudo, sobretudo moçambicanos residentes em Portugal, acompanharam o funeral, incluindo a sua antiga esposa que teve de viajar propositadamente de Suíça.
Para confirmar a sua popularidade e simpatia que conquistou entre os moçambicanos logo após a proclamação da independência nacional, em Junho de 1975, Alex como era mais conhecido foi homenageado em Maputo no passado dia 25, tendo várias pessoas que o conheceram, amigos, jornalistas, familiares e filhos nascidos na Beira após a independência participaram de uma Missa em sua recordação.
“O Autarca” soube de uma fonte que nos escreveu de Lisboa, que conheceu bem Alexandre Júnior, para quem foi um indivíduo bastante convivido na Beira, sobretudo com muita gente ligada a elite política da Frelimo logo a seguir a independência do país.
Segundo recordou a fonte, após a independência (após nacionalização do Ensino Privado), em Julho de 1975, Alex tornou-se o primeiro Director do Liceu D. Gonçalo da Silveira-Maristas, no prestigiado bairro do Macúti, nomeado pela Direcção de Educação e Cultura Provincial da Frelimo – Movimento de Libertação, que funcionava no Macúti, perto (hoje) do edifício azul da CPMZ.
Antes e desde então conviveu bastantes vezes com antigos combatentes, como são os casos de Dique Tongane (Matavele – Governador de Sofála); com o político Tomé Eduardo – Omar Juma, mais tarde também Governador de Sofala e adjunto de Sebastião Marcos Mabote; com o comissário Manuel António - que foi Governador da província de Manica e Ministro do Interior no momento da morte de Samora Machel; com o Dr Pascoal Mocumbi – Ministro da Saúde, Ministro dos Negócios Estrangeiros, e Primeiro Ministro, na altura médico no Posto da Munhava; com os comandantes Alfredo Maria; Braga; Cara Alegre; Macece; Gulam Sacoor - director provincial da Educação e Cultura, outras vários outros nomes até hoje sonantes.
Na altura, segundo a fonte que nos escreveu de Lisboa, era tempo "do Frerimo", tempo dos "cambaradas", ele também "camarada Director- Professor Alexandre".
Com o conhecimento quotidiano das "asneiras" que aconteciam na altura, referiu a fonte, cedo Alex se juntou aos combatentes pela democracia.
Nos adventos da democracia, juntou-se a Oposição, e o resto, segundo a mesma fonte, os beirenses renamistas conhecem melhor, entre os quais Fernando Carrelo e Mário Barbito.
Alex esteve preso duas vezes na Beira, em 2008 e 2009.
Para quem pode não ter conhecido, importa frisar que o Liceu D. Gonçalo da Silveira-Maristas, onde Alex foi o primeiro director após a independência, hoje é Universidade Católica de Moçambique (UCM).
A fonte referiu é pouco difícil lembrar tudo sobre Alex depois de 35/6 anos, mas observou alguns "alunos de 75/77" dos Maristas hoje talvez pertencem a vários órgãos governativos em Moçambique.
Este é o resumo do percurso de um homem que nos últimos anos da sua estada na Beira parece ter passado despercebido, talvez devido o seu carácter humilde. (Vera Patrícia)
O AUTARCA, citado no Mocambique para todos
Nota do José: Sobre este caso, leia aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
O antigo assessor de marketing e imagem de Daviz Simango, presidente do Município da Beira e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), perdeu a vida semana passada (23 de Outubro) em Cascais, Portugal, vítima de doença.
Trata-se de Alexandre Júnior (Alex), 57 anos de idade, nacionalidade portuguesa, uma figura bastante conhecida na cidade da Beira, tendo tornado polémica quando foi expulso do país em 2009 por não possuir autorização para fixar residência em solo pátrio.
O seu funeral foi na passada quinta-feira (27 de Outubro) em Trajouce- Cascais, região de Lisboa, a capital portuguesa.
Muitos cidadãos que o conheceram sobretudo, sobretudo moçambicanos residentes em Portugal, acompanharam o funeral, incluindo a sua antiga esposa que teve de viajar propositadamente de Suíça.
Para confirmar a sua popularidade e simpatia que conquistou entre os moçambicanos logo após a proclamação da independência nacional, em Junho de 1975, Alex como era mais conhecido foi homenageado em Maputo no passado dia 25, tendo várias pessoas que o conheceram, amigos, jornalistas, familiares e filhos nascidos na Beira após a independência participaram de uma Missa em sua recordação.
“O Autarca” soube de uma fonte que nos escreveu de Lisboa, que conheceu bem Alexandre Júnior, para quem foi um indivíduo bastante convivido na Beira, sobretudo com muita gente ligada a elite política da Frelimo logo a seguir a independência do país.
Segundo recordou a fonte, após a independência (após nacionalização do Ensino Privado), em Julho de 1975, Alex tornou-se o primeiro Director do Liceu D. Gonçalo da Silveira-Maristas, no prestigiado bairro do Macúti, nomeado pela Direcção de Educação e Cultura Provincial da Frelimo – Movimento de Libertação, que funcionava no Macúti, perto (hoje) do edifício azul da CPMZ.
Antes e desde então conviveu bastantes vezes com antigos combatentes, como são os casos de Dique Tongane (Matavele – Governador de Sofála); com o político Tomé Eduardo – Omar Juma, mais tarde também Governador de Sofala e adjunto de Sebastião Marcos Mabote; com o comissário Manuel António - que foi Governador da província de Manica e Ministro do Interior no momento da morte de Samora Machel; com o Dr Pascoal Mocumbi – Ministro da Saúde, Ministro dos Negócios Estrangeiros, e Primeiro Ministro, na altura médico no Posto da Munhava; com os comandantes Alfredo Maria; Braga; Cara Alegre; Macece; Gulam Sacoor - director provincial da Educação e Cultura, outras vários outros nomes até hoje sonantes.
Na altura, segundo a fonte que nos escreveu de Lisboa, era tempo "do Frerimo", tempo dos "cambaradas", ele também "camarada Director- Professor Alexandre".
Com o conhecimento quotidiano das "asneiras" que aconteciam na altura, referiu a fonte, cedo Alex se juntou aos combatentes pela democracia.
Nos adventos da democracia, juntou-se a Oposição, e o resto, segundo a mesma fonte, os beirenses renamistas conhecem melhor, entre os quais Fernando Carrelo e Mário Barbito.
Alex esteve preso duas vezes na Beira, em 2008 e 2009.
Para quem pode não ter conhecido, importa frisar que o Liceu D. Gonçalo da Silveira-Maristas, onde Alex foi o primeiro director após a independência, hoje é Universidade Católica de Moçambique (UCM).
A fonte referiu é pouco difícil lembrar tudo sobre Alex depois de 35/6 anos, mas observou alguns "alunos de 75/77" dos Maristas hoje talvez pertencem a vários órgãos governativos em Moçambique.
Este é o resumo do percurso de um homem que nos últimos anos da sua estada na Beira parece ter passado despercebido, talvez devido o seu carácter humilde. (Vera Patrícia)
O AUTARCA, citado no Mocambique para todos
Nota do José: Sobre este caso, leia aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
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