O Conselho de Ministros constituiu uma comissão encarregada de aconselhar o Presidente da República em todas as questões relacionadas com as condecorações nacionais.
A comissão é formada por 11 elementos e, se bem percebi ao ouvir a lista na rádio, 10 deles são sólidos frelimistas e o décimo primeiro é o Presidente do PIMO, o senhor Yacub Sibindi. Se bem percebo o nome do senhor Sibindi aparece ali porque seria demasiado escandaloso a comissão ser formada totalmente por militantes da Frelimo. Isto é, ele está ali para se poder dizer que a comissão é formada por elementos da Frelimo e da oposição. Está ali, em resumo, a representar a oposição existente no país.
Ora em Moçambique há dois partidos da oposição representados a nível parlamentar, a Renamo e o MDM. Não deixa de ser bizarro, portanto, que a oposição na tal comissão seja representada por um partido praticamente sem nenhuma representatividade eleitoral. A única explicação possível é que a Frelimo, nem estando em maioria de 10 para 1, aceita o risco de envolver a oposições verdadeiramente representativa nessa delicada questão das condecorações e reconhecimento pela Pátria daqueles que melhor a serviram. A Frelimo joga pelo seguro e o seguro é um dos porta-vozes da chamada Oposição Construtiva que, de oposição, não tem absolutamente nada.
De resto isso agora virou moda. Seja qual for o acontecimento solene que ocorra lá estará, como representante da Oposição, o senhor Sibindi ou, mais frequentemente nos últimos tempos, o senhor Mabote, dirigente de um outro partido sem nenhuma representatividade eleitoral, o Partido Trabalhista.
Quer um quer o outro fazem sempre discursos de circunstância, sempre bajulando o poder do dia, uma ou outra vez tocando, ao de leve, algum pequenino ponto em que declaram não estar de acordo com a política oficial, voltando logo a seguir aos elogios e salamaleques. E, com esta manobra, o Governo procura dar um ar de pluralidade, mal se apercebendo do ridículo em que este tipo de coisas o faz cair.
Falsa solução democrática, encontrada sem qualquer espécie de subtileza política, apenas tentando atirar areia para os nossos olhos.
Ora é sabido que areia nos olhos provoca irritação dolorosa.
E é a isso que eu me sinto sujeito neste momento
Machado da Graça, Savana, citado no Bossesblog. Leia aqui!
A comissão é formada por 11 elementos e, se bem percebi ao ouvir a lista na rádio, 10 deles são sólidos frelimistas e o décimo primeiro é o Presidente do PIMO, o senhor Yacub Sibindi. Se bem percebo o nome do senhor Sibindi aparece ali porque seria demasiado escandaloso a comissão ser formada totalmente por militantes da Frelimo. Isto é, ele está ali para se poder dizer que a comissão é formada por elementos da Frelimo e da oposição. Está ali, em resumo, a representar a oposição existente no país.
Ora em Moçambique há dois partidos da oposição representados a nível parlamentar, a Renamo e o MDM. Não deixa de ser bizarro, portanto, que a oposição na tal comissão seja representada por um partido praticamente sem nenhuma representatividade eleitoral. A única explicação possível é que a Frelimo, nem estando em maioria de 10 para 1, aceita o risco de envolver a oposições verdadeiramente representativa nessa delicada questão das condecorações e reconhecimento pela Pátria daqueles que melhor a serviram. A Frelimo joga pelo seguro e o seguro é um dos porta-vozes da chamada Oposição Construtiva que, de oposição, não tem absolutamente nada.
De resto isso agora virou moda. Seja qual for o acontecimento solene que ocorra lá estará, como representante da Oposição, o senhor Sibindi ou, mais frequentemente nos últimos tempos, o senhor Mabote, dirigente de um outro partido sem nenhuma representatividade eleitoral, o Partido Trabalhista.
Quer um quer o outro fazem sempre discursos de circunstância, sempre bajulando o poder do dia, uma ou outra vez tocando, ao de leve, algum pequenino ponto em que declaram não estar de acordo com a política oficial, voltando logo a seguir aos elogios e salamaleques. E, com esta manobra, o Governo procura dar um ar de pluralidade, mal se apercebendo do ridículo em que este tipo de coisas o faz cair.
Falsa solução democrática, encontrada sem qualquer espécie de subtileza política, apenas tentando atirar areia para os nossos olhos.
Ora é sabido que areia nos olhos provoca irritação dolorosa.
E é a isso que eu me sinto sujeito neste momento
Machado da Graça, Savana, citado no Bossesblog. Leia aqui!
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