O relatório da organização Transparência Internacional (TI) lançado em Maputo refere que a percepção do público moçambicano em relação a corrupção é que ela aumentou nos últimos três anos.
Intitulada 'Dia-a-dia e Corrupção: Opinião Pública em Moçambique', a pesquisa da TI, no país, envolveu um total de mil pessoas no período entre 26 de Abril a 5 de Maio de 2011 corrente. Segundo o relatório, os dados foram avaliados por idade, género e região para representar um universo populacional de 5,8 milhões de moçambicanos.
Os resultados do estudo indicam que 56 por cento dos indivíduos entrevistados pensam que a corrupção aumentou no país nos últimos três anos, outros 23 por cento dizem que a situação se manteve na mesma em relação ao período anterior, enquanto 21 por cento afirmam que o problema reduziu.
A pesquisa alistou 11 instituições para o público indicar qual delas acredita ser onde há maiores níveis de corrupção. A lista inclui a Polícia (PRM), Educação, Funcionários Públicos, Partidos Políticos, Parlamento, Judiciário, Forças Armadas, Sector Privado, Confissões Religiosas, Media e Organizações não governamentais.
A Polícia é a instituição considerada mais corrupta, seguida do sector da Educação e os Funcionários Públicos. No sentido inverso da tabela encontram-se as Organizações não Governamentais e a Media.
Na análise das experiências pessoais, a pesquisa constatou que 68 por cento dos entrevistados disseram ter pago suborno a um dos 11 provedores de serviços em Moçambique, nos últimos 12 meses.
Neste capítulo, a Polícia também figura como a instituição que mais subornos recebeu, seguida dos hospitais, Sistema de Educação e Serviços de Registo e Licenças.
Entretanto, esses resultados sobre Moçambique são parte da pesquisa regional do mesmo tema realizada em alguns países da África Austral, incluindo a África do Sul, o Malawi, a RDCongo, Zâmbia e Zimbabwe, abrangendo um universo de mais de seis mil entrevistados.
As conclusões das pesquisas são praticamente as mesmas. Mais de metade (62 por cento) de todos os entrevistados pensa que a corrupção aumentou nos últimos três anos, tendo a situação sido mais crítica na RDCongo, onde três em cada quatro pessoas afirmaram que este fenómeno aumentou no período em análise.
Em todos os países analisados, a Polícia é vista como a instituição mais corrupta e 56 por cento dos entrevistados dizem ter pago pelo menos um suborno nos últimos 12 meses.
Nesse último aspecto, Moçambique documentou a maior incidência de suborno e a Zâmbia o menor, com 68 e 42 por cento, respectivamente.
Aliás, a parte moçambicana das entrevistas foi conduzida pela organização 'Gallup International'. A TI ainda não tem representação no país, mas conta com a parceria do Centro de Integridade Pública (CIP), organização nacional de promoção de direitos humanos e boa governação.
(RM/AIM)
Intitulada 'Dia-a-dia e Corrupção: Opinião Pública em Moçambique', a pesquisa da TI, no país, envolveu um total de mil pessoas no período entre 26 de Abril a 5 de Maio de 2011 corrente. Segundo o relatório, os dados foram avaliados por idade, género e região para representar um universo populacional de 5,8 milhões de moçambicanos.
Os resultados do estudo indicam que 56 por cento dos indivíduos entrevistados pensam que a corrupção aumentou no país nos últimos três anos, outros 23 por cento dizem que a situação se manteve na mesma em relação ao período anterior, enquanto 21 por cento afirmam que o problema reduziu.
A pesquisa alistou 11 instituições para o público indicar qual delas acredita ser onde há maiores níveis de corrupção. A lista inclui a Polícia (PRM), Educação, Funcionários Públicos, Partidos Políticos, Parlamento, Judiciário, Forças Armadas, Sector Privado, Confissões Religiosas, Media e Organizações não governamentais.
A Polícia é a instituição considerada mais corrupta, seguida do sector da Educação e os Funcionários Públicos. No sentido inverso da tabela encontram-se as Organizações não Governamentais e a Media.
Na análise das experiências pessoais, a pesquisa constatou que 68 por cento dos entrevistados disseram ter pago suborno a um dos 11 provedores de serviços em Moçambique, nos últimos 12 meses.
Neste capítulo, a Polícia também figura como a instituição que mais subornos recebeu, seguida dos hospitais, Sistema de Educação e Serviços de Registo e Licenças.
Entretanto, esses resultados sobre Moçambique são parte da pesquisa regional do mesmo tema realizada em alguns países da África Austral, incluindo a África do Sul, o Malawi, a RDCongo, Zâmbia e Zimbabwe, abrangendo um universo de mais de seis mil entrevistados.
As conclusões das pesquisas são praticamente as mesmas. Mais de metade (62 por cento) de todos os entrevistados pensa que a corrupção aumentou nos últimos três anos, tendo a situação sido mais crítica na RDCongo, onde três em cada quatro pessoas afirmaram que este fenómeno aumentou no período em análise.
Em todos os países analisados, a Polícia é vista como a instituição mais corrupta e 56 por cento dos entrevistados dizem ter pago pelo menos um suborno nos últimos 12 meses.
Nesse último aspecto, Moçambique documentou a maior incidência de suborno e a Zâmbia o menor, com 68 e 42 por cento, respectivamente.
Aliás, a parte moçambicana das entrevistas foi conduzida pela organização 'Gallup International'. A TI ainda não tem representação no país, mas conta com a parceria do Centro de Integridade Pública (CIP), organização nacional de promoção de direitos humanos e boa governação.
(RM/AIM)
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