PR está em Lisboa para a Cimeira Moçambique/Portugal
O presidente de Moçambique, Armando Guebuza, disse hoje (Domingo) em Lisboa que o país precisa de profissionais para trabalharem nas explorações de carvão e gás natural e que oferece oportunidades de negócio em várias áreas.
Guebuza está em Lisboa para participar na primeira Cimeira Luso-Moçambicana, prevista para segunda e terça-feira, durante a qual será reforçada a relação entre os dois países.
Num evento deste Domingo com a comunidade Moçambicana, o chefe de Estado destacou a calorosa saudação com que foi recebido pelas cerca de 500 pessoas (de uma comunidade total de 3600 a viver em Portugal) presentes num hotel em Lisboa para o ouvirem.
Na ocasião, o embaixador de Moçambique pediu hoje ao presidente Guebuza, que está em Portugal em visita oficial, soluções para evitar o fim dos voos para Lisboa operados pela companhia Linhas Aéreas de Moçambique.
"Fomos surpreendidos por a companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) suspender voos para Lisboa a partir de 22 de novembro dada a importância para o turismo e para os moçambicanos residentes em Portugal", afirmou Jacob Nyambir.
Guebuza aterrou às 08h40 (10h40) no aeroporto militar de Figo Maduro, apesar de um corpo policial da PSP estar à sua espera no Aeroporto Internacional de Lisboa. Para a cimeira, faz-se acompanhar pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Baloi, dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, da Energia, Salvador Namburete, e das Obras Públicas, Cadmiel Muthemba.
A cimeira, inicialmente prevista para o início deste ano, acabou por ser adiada devido à realização, em Junho, de eleições antecipadas em Portugal. Tem na agenda oficial a avaliação e o reforço da cooperação bilateral, segundo disse à lusa fonte moçambicana.
Armando Guebuza reúne-se na segunda-feira, ao fim da tarde, no Palácio de Belém, com o seu homólogo português, Aníbal Cavaco Silva, que lhe oferece um jantar. Para o mesmo dia estão previstas reuniões sectoriais entre os ministros moçambicanos das Finanças, Negócios Estrangeiros e Economia, e os seus homólogos portugueses.
REN entra em Cahora Bassa
Durante a permanência da delegação moçambicana em Lisboa, será oficializada a entrada da REN no capital da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, adquirindo metade dos 15 por cento que Portugal ainda detém, segundo disse à Lusa uma fonte ligada ao processo.
Deverá ainda ser conhecido o aumento da subscrição do capital do Banco Nacional de Investimento (BNI), detido em partes iguais pelos dois estados e em por cento pelo BCI (do grupo CGD), que será de 70 milhões de euros, passando mais tarde para 125 milhões de euros.
Esta dotação permitirá ao BNI envolver-se no projecto da ponte Maputo-Katembe (350 milhões de euros) e em toda a reabilitação rodoviária e urbana (150 milhões de euros) nessa zona a sul da capital moçambicana. Mas deverão ser empresas chinesas, e não a Mota Engil, como chegou a estar previsto, a construir a ponte do Katembe.
Na terça-feira, o Presidente moçambicano e comitiva restrita têm pelas 10h30 um encontro, no Palácio das Necessidades, com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, a que se seguirá a reunião plenária, assinatura de acordos e uma conferência de imprensa conjunta.
Depois de um almoço oferecido por Passos Coelho, Armando Guebuza e comitiva deixam Lisboa com destino a Paris.
(RM/Lusa)
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