Friday 21 August 2015

Estado moçambicano prepara-se para vender mais de metade das suas empresas

 O Instituto de Gestão das Participações do Estado de Moçambique (IGEPE), que gere as ações do Estado no setor empresarial, anunciou a venda ou liquidação de 70 das 113 empresas públicas por falta de sustentabilidade.
O IGEPE afirmou que pretende alienar as firmas que se têm mostrado economicamente inviáveis durante o Conselho Consultivo da instituição, que se realizou hoje em Maputo.
"Decorre a finalização do processo de alienação ou liquidação de 70 das 113 empresas participadas pelo Estado, uma vez que apenas 47 são sustentáveis ou apresentam melhorias no seu desempenho", disse o presidente do IGEPE, Apolinário Panguene.
O presidente do IGEPE adiantou que várias empresas detidas pelo Estado moçambicano entraram agora num ciclo de crescimento, esperando-se que comecem a gerar dividendos nos próximos anos.
"Com a recuperação dos ganhos, as empresas que estavam a passar por uma conjuntura menos boa, já começam a ficar em condições de honrar os seus compromissos, pagando dividendos ao Estado", assinalou Apolinário Panguene.
O presidente do IGEPE apontou a queda de preços de alguns produtos no mercado internacional como um dos factores que contribuíram para que algumas empresas detidas pelo Estado moçambicano não tivessem registado lucros nos últimos anos.
Apolinário Panguene adiantou que para a promoção da transparência na gestão das empresas do Estado, o IGEPE está a preparar um modelo de monitoria estruturado, que vai permitir o acesso atempado à situação financeira de cada uma das companhias.
Por seu turno, o ministro da Economia e Finanças de Moçambique, que tutela o setor empresarial público, Adriano Maleiane, exortou as empresas do Estado a serem um modelo de gestão e transparência para cumprirem o seu papel no desenvolvimento da economia moçambicana.




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