O Instituto de Gestão das
Participações do Estado de Moçambique (IGEPE), que gere as ações do Estado no
setor empresarial, anunciou a venda ou liquidação de 70 das 113 empresas
públicas por falta de sustentabilidade.
O IGEPE afirmou que pretende
alienar as firmas que se têm mostrado economicamente inviáveis durante o
Conselho Consultivo da instituição, que se realizou hoje em Maputo.
"Decorre a finalização do
processo de alienação ou liquidação de 70 das 113 empresas participadas pelo
Estado, uma vez que apenas 47 são sustentáveis ou apresentam melhorias no seu
desempenho", disse o presidente do IGEPE, Apolinário Panguene.
O presidente do IGEPE adiantou
que várias empresas detidas pelo Estado moçambicano entraram agora num ciclo de
crescimento, esperando-se que comecem a gerar dividendos nos próximos anos.
"Com a recuperação dos
ganhos, as empresas que estavam a passar por uma conjuntura menos boa, já
começam a ficar em condições de honrar os seus compromissos, pagando dividendos
ao Estado", assinalou Apolinário Panguene.
O presidente do IGEPE apontou a
queda de preços de alguns produtos no mercado internacional como um dos
factores que contribuíram para que algumas empresas detidas pelo Estado
moçambicano não tivessem registado lucros nos últimos anos.
Apolinário Panguene adiantou que
para a promoção da transparência na gestão das empresas do Estado, o IGEPE está
a preparar um modelo de monitoria estruturado, que vai permitir o acesso
atempado à situação financeira de cada uma das companhias.
Por seu turno, o ministro da
Economia e Finanças de Moçambique, que tutela o setor empresarial público,
Adriano Maleiane, exortou as empresas do Estado a serem um modelo de gestão e
transparência para cumprirem o seu papel no desenvolvimento da economia moçambicana.
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