Nunca como nos últimos tempos ouvi falar tanto em Paz. Não há moçambicano que não afirme que quer a Paz, não há confissão religiosa que não afirme que quer a Paz, não há partido político que não tenha a Paz como seu objective.
Multiplicam-se iniciativas a favor da Paz. Uns aconselham que se diga “Olá Paz”. Outros acham que nos devemos virar uns para os outros e desejar Paz. E por aí adiante.
Só que, quanto a mim, todas essas iniciativas, por simpáticas que sejam, não têm nenhum resultado em conseguir a Paz, em evitar uma guerra no país. E sinto que, na realidade, nada de concreto está a ser feito para termos Paz.
Disse alguém, há muitos anos, que a guerra é a continuação da política por outros meios. E o que se passa entre nós não é diferente.
Com a assinatura do acordo de cessar-fogo, o ano passado, parecia estar aberto o caminho para uma Paz permanente, para a integração dos homens da Renamo em Forças de Defesa e Segurança.
Tudo isto desapareceu com a fraude eleitoral de Outubro que destruiu o espírito de entendimento que parecia estar a surgir. A partir de aí o processo todo descarrilou e os sucessivos boicotes do partido Frelimo a todas as propostas de formas de tentar remediar a situação só nos tem aproximado, cada dia mais, do confronto armado.
O diálogo (outra palavra muito na moda) só funciona numa base de “toma lá, dá cá”. Se um dos lados se recusa a fazer qualquer tipo de cedência, os tiros não estão longe. E temos o exemplo da própria Frelimo que tentou conquistar a independência de Moçambique através do diálogo com Portugal. Quando viu que o governo fascista português não cedia em absolutamente nada, a Frelimo pegou em armas e conquistou, através da violência, o que não conseguiu pelo diálogo.
Mas parece que as pessoas se esquecem dos próprios exemplos em que participaram...
Multiplicam-se iniciativas a favor da Paz. Uns aconselham que se diga “Olá Paz”. Outros acham que nos devemos virar uns para os outros e desejar Paz. E por aí adiante.
Só que, quanto a mim, todas essas iniciativas, por simpáticas que sejam, não têm nenhum resultado em conseguir a Paz, em evitar uma guerra no país. E sinto que, na realidade, nada de concreto está a ser feito para termos Paz.
Disse alguém, há muitos anos, que a guerra é a continuação da política por outros meios. E o que se passa entre nós não é diferente.
Com a assinatura do acordo de cessar-fogo, o ano passado, parecia estar aberto o caminho para uma Paz permanente, para a integração dos homens da Renamo em Forças de Defesa e Segurança.
Tudo isto desapareceu com a fraude eleitoral de Outubro que destruiu o espírito de entendimento que parecia estar a surgir. A partir de aí o processo todo descarrilou e os sucessivos boicotes do partido Frelimo a todas as propostas de formas de tentar remediar a situação só nos tem aproximado, cada dia mais, do confronto armado.
O diálogo (outra palavra muito na moda) só funciona numa base de “toma lá, dá cá”. Se um dos lados se recusa a fazer qualquer tipo de cedência, os tiros não estão longe. E temos o exemplo da própria Frelimo que tentou conquistar a independência de Moçambique através do diálogo com Portugal. Quando viu que o governo fascista português não cedia em absolutamente nada, a Frelimo pegou em armas e conquistou, através da violência, o que não conseguiu pelo diálogo.
Mas parece que as pessoas se esquecem dos próprios exemplos em que participaram...
Machado da Graça, Savana de 07-08-2015
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