Wednesday 19 August 2015

AR decide gastar balúrdios para reforçar motos da escolta presidencial

Numa altura em que o país desenrasca para pagar salários da função pública
 

Numa altura em que os cofres das contas públicas estão quase “zerados”, obrigando os gestores das mesmas a ginásticas tremendas para se conseguir pagar salários aos funcionários públicos, a nomenklatura política nacional continua a levar avante, diga-se desnecessariamente, a sua política despesista.
Por exemplo, este mês, a Assembleia da República (AR) lançou um concurso público para a aquisição de motos para o reforço da escola da Presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo Ndlovu.
“Fornecimento de motos para reforçar os serviços de escolta do presidente da Assembleia da República”- assim refere o objecto do concurso, com o número 10/UGEA/SGAR/15.da República, os interessados ao concurso devem submeter as propostas.
De acordo com o anúncio público lançado pela Assembleia  até quando forem dez horas do dia 22 de Setembro próximo. As propostas serão abertas no mesmo dia, quando forem 10 horas e 30 minutos.
Actualmente, a escolta da presidente da Assembleia da República é composta por três carros e três motos, não se sabendo exactamente se a ideia é aumentar o número de motos da escola ou simplesmente substituir as que actualmente cumprem a missão de garantir a segurança, rapidez, comodidade e rapidez de deslocação da pre-sidente da AR.
Esta realidade acontece numa altura em que o governo procura fechar os buracos abertos nas contas públicas pelos chamados “créditos guebuzianos”.
Uma das estratégias actualmente em uso é assegurar a colecta de tudo quanto seja possível colectar em matéria de impostos e obrigações aduaneiras. A Autoridade Tributária de Moçambique, por exemplo, recebeu a missão e, ao que tudo indica, está a tentar cumprir à risca.
É este cumprimento à rigor que faz com que muitos pedidos de isenções no pagamento obrigações aduaneiras não estejam a ser aceites, havendo resposta do tipo “sim, mas não agora”.
Além da aquisição de novas motos, o Secretariado da Assembleia da República lançou um concurso público para o fornecimento e montage de um elevador no edifício principal da AR, uma infra-estrutura de apenas dois andares.
Enquanto se avança já com concursos públicos para a montagem de elevadores e compra de novas motos para a escolta da presidente, as instalações do maior órgão legislativo ainda não conseguiram providenciar rampa para deficientes físicos.
Nisto, o deputado da Renamo e vice-presidente do parlamento, Yonusse Amade, continua a passar por momentos difíceis, pelo facto de as instalações da Assembleia da República não estarem adaptadas para deficientes.

mediaFAX, 19.08.2015

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