Segundo o UNICEF
Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) sobre a situação da criança, publicado recentemente, diz que 43% dos 12 milhões de crianças moçambicanas sofrem de desnutrição crónica.
O relatório referente ao ano de 2014 aponta Moçambique como tendo a oitava taxa de prevalência do HIV/sida no mundo, com 11,5% da população dos 15 aos 49 anos seropositiva.
Deste número, 62,5% dos adultos e 36% das crianças estão a beneficiar de tratamento antirretroviral.
Na área da Educação, o documento diz que, apesar do progresso registado até agora, sobretudo na construção, no acesso à escola e no recrutamento de professores, metade das crianças que iniciam o ensino primário não o terminam. Além disso, cresce a preocupação com o nível de aprendizagem existente.
Em relação à mortalidade, o relatório explica que a taxa de mortes de crianças menores de 5 anos diminuiu em metade, estando proporcionalmente na ordem 10 para cada 100 crianças.
O relatório destaca a província da Zambézia, como sendo a que registou a mais alta taxa de mortalidade de crianças de zero a cinco anos. Acrescenta igualmente que aquela é a província que regista a mais alta taxa de incidência da pobreza, mais baixa de taxa de registo de nascimentos e mais baixos níveis de partos em instituições e de assistência durante o parto.
O relatório destaca ainda a situação particularmente desfavorecida da Zambézia, a segunda província mais populosa, em relação a um grande leque de indicadores sociais.
Segundo o documento, algumas destas disparidades são muito grandes, como, por exemplo, no caso da mortalidade em menores de 5 anos, que é mais do que duas vezes maior na Zambézia do que nas províncias onde este indicador é mais baixo. E a pobreza é um factor essencial das privações que as crianças sofrem.
Por outro lado, o UNICEF diz que uma em cada duas crianças está casada antes dos 18 anos no país, o que resulta na criação de riscos de maus tratos, desistência da escola, gravidez na adolescência e alto risco de morte de mãe e bebé.
Ainda segundo aquela agência da ONU, esta situação está a perpetuar o ciclo de pobreza de uma geração para outra e a limitação do desenvolvimento do país.
O UNICEF diz também que, no decurso da última década, Moçambique situou-se entre as dez economias mundiais com o crescimento mais rápido e diz que as previsões para a próxima década indicam que esse crescimento vai continuar com uma taxa elevada.
“Contudo, apesar desse impressionante desempenho económico e de duas décadas de paz e estabilidade política, Moçambique continua a ser um dos países mais pobres e menos desenvolvidos do mundo, colocado no 185.º lugar entre os 187 países no Índice de Desenvolvimento Humano de 2013”, diz o relatório do UNICEF.
(Bernardo Álvaro)
O relatório referente ao ano de 2014 aponta Moçambique como tendo a oitava taxa de prevalência do HIV/sida no mundo, com 11,5% da população dos 15 aos 49 anos seropositiva.
Deste número, 62,5% dos adultos e 36% das crianças estão a beneficiar de tratamento antirretroviral.
Na área da Educação, o documento diz que, apesar do progresso registado até agora, sobretudo na construção, no acesso à escola e no recrutamento de professores, metade das crianças que iniciam o ensino primário não o terminam. Além disso, cresce a preocupação com o nível de aprendizagem existente.
Em relação à mortalidade, o relatório explica que a taxa de mortes de crianças menores de 5 anos diminuiu em metade, estando proporcionalmente na ordem 10 para cada 100 crianças.
O relatório destaca a província da Zambézia, como sendo a que registou a mais alta taxa de mortalidade de crianças de zero a cinco anos. Acrescenta igualmente que aquela é a província que regista a mais alta taxa de incidência da pobreza, mais baixa de taxa de registo de nascimentos e mais baixos níveis de partos em instituições e de assistência durante o parto.
O relatório destaca ainda a situação particularmente desfavorecida da Zambézia, a segunda província mais populosa, em relação a um grande leque de indicadores sociais.
Segundo o documento, algumas destas disparidades são muito grandes, como, por exemplo, no caso da mortalidade em menores de 5 anos, que é mais do que duas vezes maior na Zambézia do que nas províncias onde este indicador é mais baixo. E a pobreza é um factor essencial das privações que as crianças sofrem.
Por outro lado, o UNICEF diz que uma em cada duas crianças está casada antes dos 18 anos no país, o que resulta na criação de riscos de maus tratos, desistência da escola, gravidez na adolescência e alto risco de morte de mãe e bebé.
Ainda segundo aquela agência da ONU, esta situação está a perpetuar o ciclo de pobreza de uma geração para outra e a limitação do desenvolvimento do país.
O UNICEF diz também que, no decurso da última década, Moçambique situou-se entre as dez economias mundiais com o crescimento mais rápido e diz que as previsões para a próxima década indicam que esse crescimento vai continuar com uma taxa elevada.
“Contudo, apesar desse impressionante desempenho económico e de duas décadas de paz e estabilidade política, Moçambique continua a ser um dos países mais pobres e menos desenvolvidos do mundo, colocado no 185.º lugar entre os 187 países no Índice de Desenvolvimento Humano de 2013”, diz o relatório do UNICEF.
(Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 05.08.2015 , citado no Moçambique para todos
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