Moçambique está no Top 15 da lista da de países com mais projectos de investimento directo estrangeiro (IDE) entre 2003 e 2011, feita pela Ernst & Young, ocupando a 14ª posição, com 96 projectos, 1,9% do total.
Nos próximos cinco anos, Moçambique deverá acolher uma média anual de IDE na casa dos 1,4 mil milhões de dólares, estima o documento, e assistir à criação de oito mil novos empregos.
Segundo o jornal Sol, a África do Sul foi o país que mais projectos de IDE realizou no país, seguida de Portugal, do Reino Unido, da Índia e do Brasil. Em termos de criação de empregos, a lista é liderada por Portugal, seguido da Índia, dos EUA, da África do Sul e do Reino Unido. Por sectores, a maior parte (22,9%) dos novos projectos foi canalizada para os sectores do petróleo, gás e carvão.
A metalurgia (11,5%) surge a seguir na lista dos cinco que receberam mais IDE, onde estão ainda a indústria alimentar e de tabaco (11,5%), o imobiliário e materiais de construção (6,3%) e os serviços financeiros (6,3%).
No caso de Moçambique, o documento da Ernst & Young destaca que a sua economia é «das que mais tem crescido nos últimos dez anos», sublinhando as «melhorias significativas que têm sido feitas nos sectores da educação e infra-estruturas».
A consultora revela que as maiores fontes de atracção de IDE no país africano são os recursos naturais, como o carvão, o ferro e o gás natural, cujas reservas estão estimadas em mais de 127 mil milhões de metros cúbicos. Entre 2003 e 2011, afirma o documento, 2/3 do investimento estrangeiro foram canalizados para projectos na indústria extractiva.
A lista da Ernst & Young é liderada pela África do Sul, que recebeu 827 projectos de IDE entre 2003 e 2011. Seguiram-se Egipto, Marrocos e Argélia.
RM
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