Tuesday 3 January 2012

Por imprepararação dos empreededores: Moçambique ainda não capitaliza integração regional – estudo do MARP

Apesar de Moçambique estar empenhado na integração regional, no quadro da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), ainda não está a capitalizar o seu pleno potencial devido a falta de preparação dos seus empreendedores para competir em pé de igualdade com outros países da região.
O facto vem reflectido no último Relatório de Revisão de Pares (Julho 2010) e que foi apresentado nos finais de 2011, explicando que os empreendedores moçambicanos e o público ainda não estão suficientemente informados sobre as actividades da SADC e como colher benefícios desta organização regional.
O MARP aponta o Governo e a Confederação das Actividades Económicas (CTA) como sendo responsáveis por este cenário, avançando que o lançamento da área de comércio livre, em Agosto de 2008, constitui uma boa oportunidade para a solução destes problemas.
O documento, que a AIM teve acesso, adianta que Moçambique adoptou a Iniciativa do Triangulo do Crescimento com o Malawi e o Zimbabwe e assinou acordos com a Suazilândia e a Africa do Sul, mas aparenta não estar a capitalizar no máximo estas iniciativas.
“Em suma, embora Moçambique tenha registado um avanço impressionante na governação e gestão económicas ao longo da última década, persiste um número significativo de desafios que implicam a continuação, a expansão e aprofundamento das reforma e ajustamento estrutural em curso’, destaca o MARP.
A continuidade destas reformas, na visão do MARP, deve ser acompanhada por uma estratégia de desenvolvimento de base ampla em que o sector privado em especial as Pequenas e Media Empresas (PME’s) desempenhem papel mais preponderante porque só assim poderá ser reduzida a dependência de Moçambique em relação a ajuda externa e a sua vulnerabilidade aos choques externos.
Sobre as reformas, o documento recomenda ao reforço das instituições responsáveis pela fiscalização e pela garantia da transparência, bem como a responsabilização de forma particular a autoridade e as capacidades do Parlamento, Tribunal Administrativo e Organizações da Sociedade Civil.
O MARP recomenda ainda um maior esforço para colocar o desenvolvimento económico de Moçambique no quadro da integração económica regional, bem como sensibilizar o sector privado, organizações da sociedade civil e o público sobre a sua importância e seu potencial.
“As medidas que estão a ser tomadas pela SADC com vista a acelerar o processo de integração económica devem também ser assumidas internamente e interiorizadas”, avança o documento.
As conquistas económicas que Moçambique obteve na última década, não são auto-sustentáveis daí a necessidade do fortalecimento das políticas monetária, e fiscal, tendo em conta a estabilidade económica a longo prazo e usá-la como alavanca para o combate a pobreza.

(RM/AIM)

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